A economia brasileira encerrou mais um trimestre em retração, o quarto seguido de encolhimento, segundo o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), divulgado nesta quarta-feira. No terceiro trimestre, a contração foi de 1,41%. O IBC-Br é tido como uma prévia do indicador oficial da atividade econômica, que será divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística na primeira semana de dezembro.
Em setembro, o IBC-Br registrou queda de 0,50%, depois de cair 0,76% no mês anterior. O resultado de setembro, o quarto mês seguido de perdas este ano na comparação com o mês imediatamente anterior, foi levemente melhor que a expectativa de analistas ouvidos em pesquisa da agência Reuters, de queda de 0,60%. Em comparação com setembro do ano passado, o declínio foi de 5,85%.
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A queda no terceiro trimestre ocorre na sequência de um recuo de 2,09% no segundo trimestre, 1,05% no primeiro e de 0,50% no quarto trimestre de 2014. O IBC-Br incorpora projeções para a produção no setor de serviços, indústria e agropecuária, além do impacto dos impostos sobre os produtos.
Os resultados negativos de vários setores da atividade têm se repetido de forma recorrente. O quadro de piora da economia inclui ainda juros e inflação altos, aumento do desemprego e piora dos indicadores de confiança, agravados pelas incertezas políticas. A queda acumulada do IBC-Br em 2015 é de 3,37% e de 2,73% no acumulado dos últimos em 12 meses.
Em setembro, a produção industrial caiu 1,3% em relação a agosto, pior resultado para o mês na série histórica. As vendas no varejo, por sua vez, recuaram 0,5%.
Segundo a pesquisa Focus, divulgada semanalmente pelo BC, a expectativa é de que o produto interno bruto (PIB) recue 3,1% este ano. A fraqueza deve prosseguir em 2016, quando o PIB deve recuar 2%, segundo os economistas ouvidos pelo BC.
(Com Reuters)