A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), considerado uma prévia do indicador oficial do país, ficou em 0,67% em janeiro, informou nesta quinta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O número indica desaceleração ante dezembro, quando o índice avançou 0,75%. Em 12 meses o índice acumula alta de 5,63%, resultado também inferior ao registrado nos 12 meses até dezembro: 5,85%.
Os resultados ficaram abaixo das expectativas do mercado, uma vez que economistas projetavam aceleração de 0,80% para janeiro e de 5,76% no acumulado de 12 meses. O centro da meta de inflação definida pelo governo é de 4,5%, medida pelo IPCA, com tolerância de 2 pontos porcentuais para cima ou para baixo.
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Segundo o IBGE, o principal destaque para o resultado de janeiro foi o grupo Transportes, que desacelerou para 0,43% após de marcar 1,17% no mês anterior. Essa desaceleração refletiu a queda de 16,32% nos preços das passagens aéreas.
Por outro lado, o grupo Alimentação e Bebidas foi o que mais pesou na inflação de janeiro, após acelerar de 0,59% em dezembro para 0,96% em janeiro. Vale destacar ainda o preço da gasolina, que representou o maior impacto individual no IPCA-15, com alta de 2,90%.
O desempenho da inflação acabou levando o Banco Central a manter o ritmo de aperto monetário na semana passada, elevando a Selic em 0,50 ponto porcentual, para 10,50%. A ata da última reunião, divulgada nesta quinta, destacou que a inflação ainda mostra resistência ligeiramente acima do que se antecipava, e repetiu que a política monetária tem de se manter “especialmente vigilante”.
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(com agência Reuters)