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Economist: inflação é ‘fantasma’ que pode arranhar as chances do PT

Revista britânica diz que alta dos preços pode prejudicar o partido nas eleições dos governos dos Estados e no Congresso

Por Da Redação
16 jan 2014, 16h00

A revista britânica The Economist publicou nesta quinta-feira um texto dizendo que a inflação é “o fantasma do Brasil”. O texto distribui alfinetadas tanto na presidente Dilma Rousseff como no presidente do Banco Central, Alexandre Tombini. Segundo a revista, a alta dos preços pode ser crucial para transformar em fiasco o desempenho do PT nas eleições estaduais e legislativas.

As críticas são construídas com base em indicadores recentes, como a divulgação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2013, o déficit recorde no fluxo cambial e a desvalorização do real frente ao dólar. A revista lembra que o IPCA ficou em 5,91% no ano passado, acima do esperado pelo mercado financeiro, e que Tombini rapidamente tentou usar a desvalorização do real frente ao dólar como uma explicação plausível para o cenário inflacionário.

A alfinetada à presidente vem logo nas primeiras frases da reportagem, que diz que o ano “não começou bem para Dilma Rousseff”. A Economist diz que o governo tem adotado as medidas possíveis para tentar conter os preços, mas que o IPCA, mesmo assim, preocupa. “A presidente Dilma tem feito o que ela pode para manter os preços baixos”, diz a publicação. São citadas logo em seguida medidas como o congelamento dos preços das passagens, desoneração da cesta básica e a redução das tarifas de energia.

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A reportagem entrevistou o analista Tony Volpon, da Nomura Securities, que comentou o resultado do IPCA, mostrando que os preços administráveis subiram 1,5%, enquanto os preços livres tiveram alta de 7,3% em 2013. Segundo o analista, a discrepância é “insustentável”. Ele chama atenção para o controle de preços e diz que se o governo não deixar as estatais ajustarem suas tarifas, elas podem caminhar para a falência. Volpon comenta ainda que o governo não pode ajudar essas empresas controladas pelo estado “sem causar danos irreparáveis para as já frágeis contas públicas”.

Eleições – Ao comentar os custos da inflação, a revista diz que eles vão além da corrosão da renda das famílias, citando que o custo político também é elevado devido à memória do país da onda de hiperinflação dos anos 1990.

Sobre o impacto da inflação nas eleições deste ano, a The Economist avalia que, mesmo que Dilma seja a candidata favorita, a alta dos preços pode arranhar as chances do PT nas eleições dos governos dos estados e no Congresso.

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