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Dilma leva equipe econômica a Davos para tentar reaver confiança externa

Presidente vai pela primeira vez ao Fórum Econômico Mundial acompanhada da tríade econômica de seu governo: Guido Mantega, Luciano Coutinho e Alexandre Tombini

Por Da Redação
15 jan 2014, 20h39

O Fórum Econômico Mundial, realizado na cidade suíça de Davos, divulgou nesta quarta-feira os nomes dos participantes de sua edição de 2014, que ocorrerá entre 22 e 25 de janeiro. A presidente Dilma Rousseff, que já havia confirmado sua participação no final de dezembro, será escoltada por uma comitiva ilustre: o ministro da Fazenda, Guido Mantega, o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, e o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini. Outros dois participantes são os ministros de Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo, e do Desenvolvimento, Fernando Pimentel. Fora da comitiva, o governador de Minas Gerais, Antonio Anastasia (PSDB-MG), também comparecerá. Ao todo, haverá 36 brasileiros participando do Fórum.

Trata-se da primeira vez que Dilma vai a Davos. Em 2011, recém-eleita, a presidente frustrou a organização do Fórum ao se negar a comparecer ao evento, mesmo sabendo que haveria um painel criado especialmente para que ela analisasse a situação brasileira. À época, Dilma acabou optando por comparecer ao Fórum Social Mundial, a antítese de Davos, que ocorria simultaneamente em Porto Alegre – situação que se repetiu em 2012.

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Em 2014, contudo, o cenário mudou. O Brasil, outrora visto como a estrela dos Brics, ao lado da China, patina não só para crescer, mas também para conter a inflação e controlar sua política fiscal. Não ajudou o relacionamento turvo mantido pela presidente com o setor privado e os investidores estrangeiros ao longo dos últimos três anos. Mudanças regulatórias importantes, como as dos setores elétrico e automotivo, criaram insegurança jurídica e espantaram capital estrangeiro num momento em que o país precisava de recursos para suas concessões de infraestrutura. A cereja do bolo foi a ameaça, cada vez mais contundente, de o país ter sua nota rebaixada graças às peripécias da equipe econômica, que lançou mão de inúmeras manobras contábeis para cumprir a meta de superávit primário – que é a economia do governo para pagar os juros da dívida.

Desde a ameaça de rebaixamento da nota soberana do país, a postura da presidente mudou. Em setembro de 2013, durante a Assembleia Geral da ONU, Dilma ‘escapou’ por algumas horas para conversar com investidores na sede do banco Goldman Sachs e reforçar que, ‘em hipótese alguma’, havia insegurança jurídica no Brasil. O problema é que, ainda que esteja mais disposta a ouvir as queixas de quem pode (mas não quer) investir no Brasil, a presidente ainda tem de arcar com a fatura das manobras fiscais – estas, sim, irreversíveis.

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A ida de Dilma à Suíça no último ano de seu mandato surpreendeu até mesmo a própria organização do Fórum, que, na última hora, criou um painel especial para o discurso da presidente. Ela chegará no dia 22 e ficará até o dia 24, quando fará seu discurso. A agenda oficial para o período ainda não foi divulgada, mas fontes ligadas ao Planalto afirmaram ao site de VEJA que a presidente deve participar de encontros privados com empresários e investidores, além de reuniões bilaterais com outros líderes presentes. Segundo a organização do Fórum, estarão em Davos os premiês: David Cameron, da Grã-Bretanha; Enrico Letta, da Itália; Tony Abott, da Austrália; Shinzo Abe, do Japão; além do presidente mexicano, Enrique Peña Nieto. Benjamin Netanyahu, premiê de Israel, confirmou sua ida a Davos quase que ao mesmo tempo que Hassan Rouhani, presidente do Irã.

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