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Prazo de financiamento muito longo pode sair caro

Alguns brasileiros, ao estenderem os prazos de financiamento para que a parcela 'caiba' no bolso, incorrem em custos muitos elevados

Por Da Redação
21 jul 2010, 20h51
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  • O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central acaba de anunciar a elevação da taxa básica de juros (Selic) em 0,50 ponto porcentual para 10,75% ao ano. A alíquota é a maior desde junho de 2009. A despeito deste último aumento, a Selic prossegue num patamar relativamente baixo, próximo da média dos últimos dois anos.

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    Tal evolução dos juros teve impacto direto no consumo do brasileiro e a principal determinante disso foi o fato de as prestações terem ficado mais suaves. Quer seja por meio do cartão, quer pelo financiamento junto a bancos ou financeiras das redes varejistas, ficou mais fácil comprar. De quebra, o brasileiro viu-se beneficiado por outro ciclo benigno, de elevação da renda nacional. Tudo isso associado ao controle da inflação.

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    O problema, alertam os economistas, é que as famílias estão comprometendo cada vez mais a sua renda com o pagamento de dívidas. Tal comportamento está diretamente ligado ao fato de muitos consumidores se importarem apenas com um aspecto: se a parcela de um determinado financiamento cabe ou não ‘no bolso’. Em resumo, as pessoas negligenciam ou dão pouca importância ao custo real do crédito.

    Um eletrodoméstico, à medida que aumenta o número de prestações, fica exponencialmente mais caro, a ponto de o valor pago ser quase o dobro do custo à vista se o parcelamento for em dois anos. Aqui cabe uma ressalva. Muitas lojas apregoam o chamado ‘parcelado sem juros’, escondendo o verdadeiro custo do empréstimo. Os juros referentes ao prazo máximo do financiamento estão, na verdade, embutidos no ‘preço de partida’. Tanto isso é verdade que muitas lojas oferecem ‘descontos’ no pagamento imediato (os chamados ‘descontos à vista’), que nada mais são que o preço de fato, sem os juros.

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    Os consumidores devem estar atentos à extensão dos prazos de amortização da dívida porque o varejo e os bancos costumam trabalhar com alíquotas maiores a partir de determinado número de meses. Em geral, a partir de 12 parcelas, o custo do financiamento já começa a subir.

    No financiamento de veículos, os juros são menores e, grosso modo, não sofrem alteração ao longo dos meses. A explicação para isso é que o risco de inadimplência também é reduzido – pois, por contraro, o financiador pode retomar o bem em caso de inadimplência. Contudo, os prazos são significativamente maiores, o que impulsiona o custo do crédito.

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    Enfim, prefira, se possível, prazos curtos. De preferência, pague à vista. E, nesse caso, não se esqueça de exigir um bom desconto.

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    Fonte: redes de varejo e concessionárias

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