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Pix ou Tinder? Como jovens usam a ferramenta para flertar

Sistema se transforma em rede social com transferências de pequenos valores para o envio de mensagens, mas BC alerta para possíveis golpes

Por Diego Gimenes
Atualizado em 9 fev 2021, 14h39 - Publicado em 31 jan 2021, 08h59
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  • Em operação no Brasil desde 3 de novembro, o Pix já se transformou em febre no país. O sistema de pagamentos do Banco Central possibilita transferências entre contas de forma gratuita, ilimitada e em questão de segundos. Em pouco mais de dois meses, já são mais de 56 milhões de usuários e 147 milhões de chaves cadastradas, segundo o último balanço divulgado pelo Banco Central. Até então, foram movimentados mais de 203 bilhões de reais em cerca de 237 milhões de operações, a maior parte delas de pessoa física para pessoa física (86%). O que o Banco Central não contava era com a criatividade do brasileiro de usar ferramentas para outro propósito. Além de transferir dinheiro, há quem use o Pix como um app de paquera, como o Tinder. Alguns usuários têm realizado pequenas transferências para flertar com outras pessoas, ou até mesmo para reatar relacionamentos — já que é possível enviar mensagens junto da operação financeira.

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    Um dos casos que mais chamou a atenção dos internautas foi o de uma jovem que havia sido bloqueada pelo ex-namorado em todas as redes sociais. A solução que ela encontrou para tentar conquistar o perdão dele foi realizar constantes transferências de valores muito baixos pelo Pix, utilizando o campo de mensagens para se comunicar com o ex. O tweet viralizou na internet e o jovem, então, optou por remover aquela chave específica para não ser mais incomodado pela mulher.

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    Em nota, o Banco Central ressaltou a revolução que o Pix trouxe para o mercado e afirmou que o único objetivo da ferramenta é dar mais agilidade às transações financeiras. A entidade alertou ainda que o Pix “é um meio de pagamento, não uma rede social”. Vale lembrar que não há como bloquear usuários específicos na plataforma, mas é possível remover a chave ou retirar as notificações do aplicativo do banco caso não queira mais ser incomodado.

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    Como um meme, usuários de redes sociais têm divulgado suas chaves Pix pedindo transferências de determinados valores caso seus amigos te achem bonito, legal, ou chato. Pode parecer uma brincadeira, mas a divulgação das chaves em ambientes públicos pode provocar resultados nada agradáveis aos usuários. Com o número de CPF, é possível cadastrar as pessoas como mesárias para as próximas eleições, além de realizar compras indevidas. Com o e-mail e número de telefone celular podem ser realizados cadastros indesejados em listas e sites na internet. “A melhor chave é aquela que não é publicada”, alerta Daniel Barbosa, especialista em segurança da informação da ESET. “As pessoas precisam se preocupar com a exposição de dados sensíveis na internet. Acredito que essa prática vá diminuir bastante à medida que os golpes forem aplicados e, principalmente, compartilhados na internet”. Enquanto isso, os brasileiros seguem se divertindo e as correntes ganham cada vez mais visibilidade nas redes sociais.

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