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Petrobras quer parte do valor pago pela Odebrecht em acordo judicial

A companhia tem uma equipe preparando-se para mostrar às autoridades como o valor final será definido

Por Da redação
Atualizado em 23 dez 2016, 15h24 - Publicado em 23 dez 2016, 15h24
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  • A Petrobras planeja reivindicar parte do montante pago pela Odebrecht no âmbito do acordo firmado pela construtora nesta semana com autoridades de Brasil, Estados Unidos e Suíça.

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    A petroleira tem dito que foi vítima de um grande esquema de cartel e subornos que a Odebrecht admitiu ajudar a conduzir. Investigadores dizem que a rede de corrupção, que incluía um cartel de empreiteiras, custou aos contribuintes brasileiros e aos acionistas da Petrobras estimados 13 bilhões de dólares.

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    Após meses de negociações, a Odebrecht concordou na quarta-feira em pagar entre 2,6 bilhões de dólares e 4,5 bilhões de dólares a autoridades de Brasil, EUA e Suíça ao longo de 23 anos, segundo o Departamento de Justiça americano.

    “Nós estamos buscando maneiras de reembolsar os acionistas e o governo [brasileiro]”, afirmou o diretor de governança, gerenciamento de risco e compliance da petroleira, João Elek, em entrevista ao Wall Street Journal no fim da quinta-feira. “A Petrobras fará um esforço para recuperar a parte que seja justa.”

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    Além da multa contra a Odebrecht, o maior acordo anticorrupção da história, a subsidiária de petroquímicos da construtora, a Braskem, concordou em pagar 957 milhões de dólares.

    É “extremamente difícil” calcular quanto a Petrobras deveria receber e a companhia tem uma equipe preparando-se para mostrar às autoridades como o valor final será definido, disse Elek. Segundo ele, em breve a empresa enviará a informação às autoridades.

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    O acordo da Odebrecht reverberou pela América Latina, onde a construtora admitiu ter pago cerca de US$ 800 milhões em subornos desde 2001 em dez países da região, bem como na África, em Angola e Moçambique.

    A Petrobras elogiou na quarta-feira o acordo como um “passo importante”, mas Elek disse que a construtora não deve ter permissão para fazer negócios com a petroleira até que outras condições sejam atendidas. A Odebrecht teria de provar que introduziu medidas para garantir que não se envolverá com práticas similares no futuro, antes que a Petrobras permita que a construtora busque novamente ganhar contratos com a estatal, disse Elek, sem dar detalhes.

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    Durante boa parte da última década, as maiores construtoras brasileiras conspiraram com políticos e executivos da Petrobras para desviar bilhões de dólares com contratos inflados, usando esse dinheiro para enriquecer, comprar o silêncio dos envolvidos e financiar campanhas eleitorais, segundo autoridades brasileiras. A promotoria e a polícia do Brasil estimaram a perda total da Petrobras em 42 bilhões de reais (12,8 bilhões de dólares), em um esquema que custou à empresa a perda de seu rating com grau de investimento e transformou-a em uma das companhias listadas do setor de energia mais endividadas do mundo.

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    (Com Estadão Conteúdo)

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