Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

País deve crescer 3% em 2011, prevê Gradual

Por Maria Regina Silva São Paulo – Indicadores recentes da indústria, como a queda de 2% da produção industrial em setembro ante agosto e a redução nas expectativas dos empresários no mês passado, evidenciam que a atividade do setor não está passando apenas por uma acomodação, mas por uma “certa” contração. A avaliação é do […]

Por Da Redação
3 nov 2011, 17h25
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Por Maria Regina Silva

    Publicidade

    São Paulo – Indicadores recentes da indústria, como a queda de 2% da produção industrial em setembro ante agosto e a redução nas expectativas dos empresários no mês passado, evidenciam que a atividade do setor não está passando apenas por uma acomodação, mas por uma “certa” contração. A avaliação é do economista-chefe da Gradual Investimentos, André Perfeito.

    Publicidade

    Por causa disso, ele revisou para baixo suas estimativas de crescimento para a economia neste e no próximo ano. Segundo cálculos do economista, o Produto Interno Bruto (PIB) não deve mais crescer 3,5% em 2011, mas sim 3,0%, e sofrer uma redução de 0,25% no terceiro trimestre. Para 2012, ele estima que a expansão econômica será de 2,0% e não mais de 3,0%. “Neste sentido há espaço para a política monetária ser ainda mais expansionista”, afirmou.

    Na avaliação dele, o encolhimento da indústria será percebido com mais força na primeira parte de 2012. “Esta retração não será sentida já, mas é muito provável que o primeiro semestre do ano que vem seja de fato bastante ruim, numa junção perversa de queda do investimento com o setor externo contribuindo negativamente para o PIB”, escreveu ele, em relatório distribuído a clientes.

    Publicidade

    Para traçar esse cenário, Perfeito explicou que toma como base os últimos dados de atividade. “Olho especialmente a produção de bens de capital e expectativas dos empresários”, afirmou, em entrevista à Agência Estado. “Os dados da produção industrial foram extremamente decepcionantes, algo que já havia sido capturado por outros canais, entre estes o IBC-BR (Índice de Atividade Econômica do Banco Central)”, completou.

    Continua após a publicidade

    Em setembro, a produção industrial caiu puxada principalmente pelo recuo de 5,5% na produção de bens de capital, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). “Este fenômeno já havia sido antecipado pelo estado da confiança do empresariado, que está em queda”, disse, referindo-se ao Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei) da Confederação Nacional da Indústria (CNI) – após ter ficado estável em setembro, o índice voltou a cair em outubro e chegou ao menor patamar desde abril de 2009, a 54,6 pontos. “Além disso, a queda da Bolsa acaba revelando um estado pior das expectativas dos empresários”, acrescentou. De janeiro até hoje, o Ibovespa acumula perdas de cerca de 16%.

    Publicidade

    Taxa de juros

    A expectativa de um cenário mais difícil para a atividade econômica no primeiro semestre do ano que vem também fez a Gradual Investimentos mudar sua estimativa para o juro básico, a taxa Selic. “Trabalhamos não mais com dois cortes de 0,50 ponto porcentual na Selic, mas sim três cortes”, disse. Sendo assim, ele projeta que a taxa de juros atingirá 10% no início de março.

    Publicidade

    Para a inflação oficial em 2012, a previsão do economista foi revisada de 5,40% para 5,10%. Em 2011, a estimativa para o IPCA foi mantida em 6,40%. Ele espera que os preços de serviços, embora devam continuar elevados, irão acelerar menos no próximo ano. “Uma vez que a renda real do trabalhador parou de subir na velocidade antes verificada”, justificou.

    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 2,00/semana*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 39,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.