A Bolsa de Valores de São Paulo (BM&F Bovespa) abriu o pregão desta quinta-feira em alta, estimulada pela melhora do ambiente externo após o discurso proferido na quarta-feira pelo presidente do Federal Reserve, Ben Bernanke. O chefe do Banco Central americano deu indícios de que manterá os estímulos econômicos nos Estados Unidos por enquanto. O otimismo dos investidores também contagia os resultados na Europa. Por volta das 11h15, o Ibovespa subia 1,46%, aos 46.146 pontos.
“Os mercados ainda refletem os dizeres de Bernanke”, resume, em relatório, o gerente da mesa de renda variável da Fator Corretora, Frederico Lukaisus. Bernanke enfatizou que o Fed não está com pressa para subir os juros básicos americanos. “Os mercados ficaram mais otimistas com o pronunciamento de Bernanke, após todo o nervosismo sobre o corte das compras de títulos públicos (estratégia de estímulo à economia)”, comenta o operador sênior da Renascença Corretora, Luiz Roberto Monteiro.
Aliado a isso, o Banco Central brasileiro agiu conforme o esperado e elevou a taxa básica de juros (Selic) de 8% para 8,5% ao ano. A estratégia é conter a alta da inflação e ganhar mais credibilidade com o mercado.
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No mercado doméstico, o dólar abriu em queda, sintonizado com a desvalorização da moeda americana no exterior. O dólar à vista começou o dia cotado a 2,2534 reais, em baixa de 0,85%, mas diminuiu as perdas nas primeiras horas da sessão: às 11h00 cotava 2,2666 (-0,27%).
Indicadores nos EUA ajudam na desvalorização do dólar perante outras moedas. Nesta quinta-feira foi anunciado aumento inesperado nos pedidos semanais de auxílio-desemprego nos EUA: 360.000, ante previsão de queda para 335.000. O dado da semana anterior foi revisado para cima, a 344.000. Além disso, o índice de preços das importações caiu 0,2% em junho, contrariando a previsão de estabilidade. Ainda na agenda econômica americana, às 15 horas sairá o resultado das contas do governo no mês passado.
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(com Estadão Conteúdo)