A Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) considera que a economia global está vivendo uma desaceleração neste ano e crescerá 2,9%, um efeito provocado essencialmente pela China, que diminuiu seus intercâmbios comerciais, com repercussões, sobretudo, para os países emergentes, entre eles o Brasil. A organização tem repetidamente cortado sua perspectiva de crescimento de 2015 ante os 3,7% inicialmente previstos em novembro do ano passado.
Para o Brasil, a OCDE já havia na semana passada projetado que a economia vai registrar contração econômica de 3,1% em 2015 e de 1,2% em 2016, contra estimativas em setembro de queda de 2,8% e 0,7%, respectivamente. Para retomar o crescimento, o Brasil terá que esperar a chegada de 2017, quando a entidade prevê um avanço de 1,8% do PIB.
No caso do gigante asiático, a entidade prevê retração 6,8% este ano.Segundo a OCDE, este desaquecimento deve se intensificar nos dois próximos anos: 6,5% em 2016 e 6,2% em 2017. Em relatório, a organização alertou que os estímulos fiscais de Pequim não são sustentáveis no longo prazo, já que arrisca deixar de lado os necessários investimentos privados.
A OCDE disse, no entanto, que o Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, deve ir em frente com sua primeira elevação da taxa de juros já em dezembro. “A normalização dos juros deve acontecer com cautela, ao mesmo tempo em que permanece ciente dos riscos de esperar demais”, disse a OCDE.
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(Com agências)