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Ngozi Okonjo-Iweala: uma economista africana fiel ao BM

A ministra nigeriana de Finanças, Ngozi Okonjo-Iweala, candidata a substituir o americano Robert Zoellick à frente do Banco Mundial, é uma economista de 57 anos, muito respeitada e que conhece bem a instituição, da qual foi diretora-geral. Ngozi, cuja candidatura foi anunciada nesta sexta-feira em Pretória, a capital sul-africana, conta com o apoio da África […]

Por Por Sophie Mongalvy
23 mar 2012, 15h12
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  • A ministra nigeriana de Finanças, Ngozi Okonjo-Iweala, candidata a substituir o americano Robert Zoellick à frente do Banco Mundial, é uma economista de 57 anos, muito respeitada e que conhece bem a instituição, da qual foi diretora-geral.

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    Ngozi, cuja candidatura foi anunciada nesta sexta-feira em Pretória, a capital sul-africana, conta com o apoio da África do Sul, maior potência econômica do continente, e de Angola, segundo produtor africano de petróleo depois da Nigéria.

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    Com diplomas da Universidade americana de Harvard e do Massachusetts Institute of Technology (MIT), a economista esteve grande parte de sua carreira no Banco Mundial, ao mesmo tempo em que recebeu várias nomeações para ser ministra na Nigéria.

    Em 2007, Ngozi tornou-se diretora-geral da instituição com sede em Washington, onde se encarregou de supervisionar as operações no sul da Ásia, Ásia Central, Europa e África, com uma carteira de 81 bilhões de dólares.

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    Ngozi pediu demissão deste cargo para ocupar, em agosto de 2011, o Ministério de Finanças da Nigéria, o país mais povoado da África, com 160 milhões de habitantes e cujo enorme potencial econômico e o desenvolvimento estão comprometidos pela corrupção e pela má gestão.

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    A designação da nigeriana pelo presidente Goodluck Jonathan gerou enormes esperanças neste país, que possui a maioria da população na pobreza, e onde a ministra é muito respeitada.

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    “As pessoas esperam muito de você. Algumas pensam que você possui uma varinha mágica para mudar tudo”, disse Jonathan à ministra.

    Em sua passagem anterior pelo Ministério de Finanças (2003-2006), Ngozi foi elogiada por conseguir a anulação de 18 bilhões de dólares da dívida nigeriana ante o Clube de Paris.

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    Ngozi também ocupou brevemente a carteira de Relações Exteriores e em 2000 foi conselheira econômica do então presidente Olusegun Obasanjo (1999-2007).

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    Contudo, a imagem da ministra foi associada a uma medida pouco popular que levou a população a sair às ruas para protestar: a supressão dos subsídios ao preço dos combustíveis, que obrigou o governo a voltar atrás na decisão.

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    Para o economista nigeriano Pat Utomi, que denunciou a medida, Ngozi possui todas as qualidades para assumir a presidência do Banco, que tradicionalmente tem estado em mãos de um americano, o que os países emergentes querem mudar.

    “Por um lado, ela possui uma longa história no seio do Banco Mundial – o que lhe confere um bom conhecimento da instituição – e por outro, seu retorno à Nigéria lhe permitiu compreender os clientes do Banco, o que é fundamental ao meu ver”, disse Utomi.

    A candidata, que só se veste com a roupa tradicional nigeriana, mencionou em sua apresentação à candidatura sua “grande experiência no Banco Mundial, no governo e na diplomacia”.

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    “Compartilho da visão do Banco Mundial: lutar com paixão contra a pobreza”, disse a ministra, cujos estudos têm se concentrado basicamente na economia do desenvolvimento, em trabalhos sobre crédito, mercados financeiros rurais e sobre o setor agrícola nigeriano.

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