O dólar fechou em leve alta ante o real, nesta segunda-feira, 10, um dia de cenário misto para moedas de risco e com o mercado local tentando mensurar eventuais impactos sobre a articulação política decorrentes de notícias envolvendo o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro. A moeda subiu 0,2%, a 3,88 reais para venda, mesmo valor da sexta-feira, 7. Já o Ibovespa, principal índice da bolsa de valores brasileira, fechou em leve baixa de 0,36%, aos 97.466 pontos. O volume financeiro somou 11,1 bilhões de reais.
“O mercado aceitou essa história do Moro sem grande importância. Está sendo aproveitado mais para impacto midiático. O conteúdo parece que não tem grande importância. E além disso, a origem é fraudulenta”, afirma Sidnei Nehme, diretor da NGO Corretora de Câmbio. Depois de cair 6% entre meados de maio e o começo de junho, o dólar esboça acomodação pouco abaixo de 3,90 reais.
De forma geral, o mercado segue confiante na aprovação da reforma previdenciária e vê o real com potencial de melhor performance do que seus pares. “O viés dele é de baixa. Está se sustentando porque houve uma protelação no andamento da reforma, com a demora do relator, e esse ruído em torno dos estados e municípios”, diz Nehme.
O setor bancário foi o mais sacrificado hoje em relação ao Ibovespa. “Os bancos caíram porque o noticiário trouxe a informação de que a alíquota de Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido pode ser aumentada. Aí o pessoal acabou vendendo um pouco os bancos. O mercado estava bem parado, o volume foi um pouco menor do que a média. Foi um dia sem graça”, explica Ari Santos, gerente da mesa de operações da H.Commcor na Ibovespa.