(Atualizado às 12h40)
O dólar abriu em queda nesta terça-feira, com o mercado reagindo à decisão da Standard & Poor’s (S&P), na segunda-feira, de manter o rating do Brasil em BBB-, com perspectiva estável. No início da sessão, por volta das 9h, a moeda americana operava em baixa de 1% na venda, aos 3,1137 reais. Após o meio dia, no entanto, o movimento se inverteu: às 12h40, o dólar subia 0,63%, aos 3,1651 reais. Nos dois últimos pregões, a divisa acumulou queda de 4,59%.
A S&P era uma das agências de classificação de risco que mais preocupavam o governo, pois a nota do Brasil está apenas um grau acima do especulativo, e um rebaixamento do rating soberano poderia ser acompanhado pelas demais agências, o que provocaria fuga de recursos investidos no país.
O cenário político, no entanto, segue desafiador, com o Executivo ainda precisando convencer seus aliados a apoiar os ajustes na economia. Ao mesmo tempo, trazem certo desconforto notícias sobre uma eventual revisão de pontos do ajuste fiscal, como os cortes dos benefícios trabalhistas Com isso, chama atenção a extensa pauta em Brasília nesta terça-feira. Na Câmara do Deputados, deve entrar nesta tarde para votação o projeto de lei que prorroga a política de correção do salário mínimo até 2019.
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Os agentes financeiros também seguem ávidos por pistas sobre o programa de swap cambial, que equivale à venda futura de dólares, previsto para acabar no fim do mês. Nesta manhã, na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado (CAE), o presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, disse que “a atuação da autoridade monetária no câmbio é importante em particular no momento de normalização de política monetária nos Estados Unidos”. Ele já considerou, em outra ocasião, que o estoque de swaps cambiais já atende de forma significativa à demanda por proteção da economia brasileira.
No exterior, dados de atividade melhores que o esperado na zona do euro sustentam um tom positivo nas bolsas europeias, mas os negócios na região são pressionados pela queda das ações da Airbus e da Lufhthansa, após a notícia de que um avião modelo A-320 da companhia aérea Germanwings caiu no sul da França, matando cerca de 150 pessoas. Não há sobreviventes no acidente, segundo as autoridades francesas.
(Com Estadão Conteúdo)
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