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Mantega defende ‘contabilidade criativa’ para atingir meta fiscal

A programa de TV, ministro disse que descontar os investimentos da meta de superávit primário não é uma medida heterodoxa

Por Da Redação
19 nov 2012, 08h49
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  • O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse nesta segunda-feira, em entrevista ao programa Conta Corrente, da Globo News, que descontar os investimentos da meta de superávit primário não é uma medida heterodoxa, “é uma medida concedida a países que possuem responsabilidade fiscal”.

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    Mantega frisou que isso não é uma novidade e que essa atitude já foi tomada em 2009. Ele justificou o resultado fiscal menor de 2012 afirmando que foi necessário fazer desonerações, ao mesmo tempo em que houve queda na arrecadação.

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    O ministro refere-se ao que economistas chamam de “contabilidade criativa”, que consiste em fazer manobras contábeis legais nas contas públicas, tais como descontar os gastos com o PAC do conjunto de despesas realizadas no ano – transformando-as em investimento. Isso, aliada a outras ações, permitiria que o governo atingisse sua meta fiscal fixada para este ano, que é representada pelo coeficiente de 3,1% do Produto Interno Bruto (PIB).

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    Mantega lembrou ainda que o Brasil está fazendo uma forte economia com o pagamento de juros e garantiu que, em 2013, o Brasil terá maior crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) e “faremos o superávit cheio”. “Em 2013, economizaremos entre 40 bilhões de reais e 50 bilhões de reais com juros”, disse.

    O ministro também afirmou que, no ano que vem, o país voltará a mostrar crescimento de produtividade maior do que a alta dos salários, como era em 2010. “Um aumento de salários entre 1,5% e 2% é suportável se a produtividade crescer 3%. E em 2013 vamos voltar a isso”, afirmou. Quanto à alta maior do salário mínimo, Mantega afirmou que “isso é uma medida social”.

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    Crise europeia – O ministro da Fazenda disse também que a Europa está mergulhada em uma crise crônica e que está empurrando a solução com a barriga. Ele ressaltou a dificuldade do bloco em colocar medidas em prática e a demora em implantar instituições.

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    “O presidente do Banco Central Europeu, Mário Draghi, me disse que a supervisão bancária não sai antes de 2014”, afirmou o ministro. Para Mantega, “só aí é que o BCE (Banco Central Europeu) pode ajudar a Espanha”. Na avaliação do ministro da Fazenda, a crise econômica da Europa não vai aumentar, mas haverá baixo crescimento e mais desemprego e “a crise política vai se agravar”.

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    Mantega considera que o mercado financeiro europeu está estabilizado, mas fechado e sem dinamismo. Isso faz com que “o pessoal venha atrás do nosso mercado, e aí temos que defender e não proteger, porque não gostamos de protecionismo”.

    Eco – Em entrevista ao jornal El País publicada no domingo, a presidente Dilma Rousseff já havia dito que o problema da Europa é a aplicação de “soluções inadequadas para a crise”, cujo resultado será um empobrecimento das classes médias. “Neste ritmo, se produzirá uma recessão generalizada”, afirmou ao jornal.

    “Nós já vivemos isso. O Fundo Monetário Internacional (FMI) impôs um processo que chamaram de ajuste, agora dizem austeridade. Tínhamos de cortar todos os gastos. Asseguravam que assim chegaríamos a um alto grau de eficiência. Esse modelo levou a uma quebra de quase toda a América Latina nos anos 80”, disse a presidente. “As políticas de ajuste por si só não resolvem nada se não há investimento, estímulos ao crescimento. E se todo o mundo restringe gastos de uma vez, o investimento não chegará.”

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    (com Estadão Conteúdo)

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