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Mais de 5 mil metalúrgicos da GM entram em greve em SP

Paralisação ocorre depois de pelo menos 200 funcionários terem sido demitidos do complexo industrial no interior de São Paulo

Por Da Redação
10 ago 2015, 10h15
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  • Mais de 5.000 funcionários da fábrica da General Motors (GM), em São José dos Campos, no interior de São Paulo, entraram em greve na manhã desta segunda-feira, segundo o sindicato dos metalúrgicos da região. A paralisação de 100% das atividades no complexo industrial ocorre em protesto pela demissão de ao menos 200 trabalhadores. Eles foram informados do desligamento por telegrama neste fim de semana e convocados pelo sindicato para comparecer a uma assembleia no domingo. O sindicato se queixa de que não foi notificado sobre as dispensas.

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    Outra assembleia foi realizada na chegada dos trabalhadores do primeiro turno nesta manhã, na qual se decidiu sobre a greve geral. O objetivo é pressionar a GM para reverter as demissões. Nesta segunda-feira, também está previsto o retorno de cerca de 750 funcionários, que estavam em lay off (suspensão temporária de contratos) desde março. No total, a unidade tem 5.200 trabalhadores.

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    “Estamos perplexos com essa notícia na véspera do Dia dos Pais. É a segunda vez que a GM faz isso, já fez ano passado, nas festas de fim de ano, e agora novamente”, disse Antônio Ferreira de Barros, presidente do sindicato, no último sábado.

    Em nota, a GM informou que “esgotou todas as alternativas para evitar demissões” no complexo industrial, “incluindo férias coletivas, lay off, banco de horas e programas de desligamento voluntário.” Diz ainda que essas medidas não foram suficientes diante da expressiva redução da demanda no mercado brasileiro, “que registra queda em torno de 30%” desde janeiro de 2014.

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    “Os desligamentos realizados têm como objetivo adequar o quadro da empresa à atual realidade do mercado, visando resgatar a competitividade e viabilidade do negócio”, diz a nota. Recentemente, a GM também demitiu cerca de 500 pessoas em São Caetano do Sul, na Grande São Paulo.

    Para quem retornou ao trabalho nesta segunda, apesar de não ter conseguido entrar, comemorou o fato de pelo menos ainda ter o emprego. “Fico feliz por retornar, mas estou vivendo uma expectativa horrível, pois nunca sei até quando estarei empregado. Isso não é vida”, contou um montador.

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    Ainda que muitos metalúrgicos afirmem ser contra as demissões, alguns entendem que o momento não seria pela paralisação da produção. “Trabalho aqui há dezoito anos, infelizmente essa situação não é culpa da GM, basta ver como está o país”, comentou um engenheiro industrial, que também pediu para não ter seu nome divulgado.

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    (Da redação)

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