Além da paralisação de alguns órgãos públicos que completa três dias nesta quinta-feira, os Estados Unidos se encontram diante de mais um impasse: o teto da dívida, que atualmente está em 16,7 trilhões de dólares, mas precisa ser elevado até 17 de outubro para que o governo americano tenha recursos suficientes para arcar o pagamento de juros de sua dívida. Contudo, segundo o jornal The New York Times, o partido Republicano está disposto a votar uma medida para impedir que o país dê o calote em sua dívida.
O NYT cita fontes do Congresso americano que afirmaram que o líder dos republicanos na Câmara dos Representantes, o deputado John Boehner, afirmou a outros congressistas que está determinado a evitar o calote, nem que para isso tenha de quebrar a regra Hastert – ela prevê que os republicanos votem medidas propostas pelos democratas apenas se a maioria do partido se manifestar a favor. Caso contrário, não há apoio.
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Os assessores de Boehner não confirmaram a informação, mas disseram ao NYT que o deputado sempre foi claro em relação ao desastre que um default pode causar na economia do país. “Mas ele também sempre foi claro sobre o fato de um aumento ‘limpo’ da dívida (ou seja, que não leva em conta contrapartidas) também não deve passar na Câmara”, disse um dos assessores, Michael Steel.
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Paralisação – Na terça-feira, o governo dos EUA deu início a uma paralisação parcial de suas atividades devido à falta de recursos para cobrir gastos federais. O ano fiscal 2012-2013 se encerrou na segunda-feira e Câmara e Senado não chegaram a um acordo sobre uma nova peça orçamentária. Com isso, o governo decidiu priorizar algumas atividades para poupar os escassos recursos e paralisou aquelas consideradas “não essenciais”.
O Congresso deve votar, além do texto da reforma da saúde (conhecido como Obamacare e foco principal de desentendimentos), um aumento do limite legal do endividamento do país. Esse também é um ponto de desentendimento entre os partidos americanos: republicanos dizem que só aprovarão o aumento do limite de endividamento do país se os democratas atenderem a uma série de exigências que incluem o adiamento do Obamacare em um ano, uma revisão tributária e o recuo em regulamentações de meio ambiente.
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