Com as atividades suspensas desde sexta-feira (17), a Itapemirim Transportes Aéreos terá 24 horas para esclarecer a paralisação das operações ao Ministério da Justiça e Segurança Pública. A companhia foi notificada pela Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) e pode ser punida com base no Código de Defesa do Consumidor.
Além de pedir informações, a Senacon exigiu que a companhia aérea elabore um plano de atendimento aos passageiros afetados. Caso os passageiros não recebam assistência nem sejam realocados em outros voos de companhias aéreas, a Itapemirim poderá receber sanções administrativas, como multas.
Entre as informações pedidas pela Senacon, estão os motivos por que o atendimento ao consumidor foi interrompido, tanto presencialmente, como em plataformas eletrônicas e por telefone. Os passageiros afetados pelo cancelamento dos voos foram orientados a procurar lugares em outras companhias por funcionários dos aeroportos. A Itapemirim não manteve trabalhadores nos terminais de embarque e desembarque, após suspender as operações.
A empresa informou à coluna Radar Econômico na última sexta-feira, 17, que, apesar de a medida de suspensão dos voos ter sido tomada por iniciativa própria, diante do comunicado, a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) ordenou que a suspensão de todos os voos fosse imediata.
O grupo Itapemirim está em recuperação judicial, mas mesmo assim criou a companhia aérea ITA no meio do ano, apostando que teria bilhões em investimentos de grupos árabes. Mas o próprio presidente da empresa, Sidnei Piva, disse que o investimento só seria concretizado com o fim da recuperação judicial, que segue em curso com diversos credores questionando a empresa.
Com informações da Agência Brasil