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Itália e Finlândia divergem sobre recursos da Eurozona

Estadistas dos dois países têm opiniões contrárias sobre o uso do dinheiro dos fundos de resgate europeus FEEF e MEE

Por Da Redação
1 ago 2012, 15h17
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  • Após quase duas horas de reunião, o chefe de governo italiano, Mario Monti, e o primeiro-ministro finlandês, Jyrki Katainen, mostraram que não pensam da mesma forma quando o assunto é o uso do dinheiro da zona do euro. O líder finlandês disse que não deseja, como pretende o líder italiano, que os recursos comuns dos 17 Estados-membros da união monetária sejam utilizados para comprar dívida dos países em dificuldades.

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    Katainen teme que o Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (FEEF) ou o Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE) acabem ficando sem recurso em caixa se começarem a intervir no mercado secundário. Contudo, ele não descartou outras possibilidades para fazer frente à crise, como uma linha de crédito, como faz o Fundo Monetário Internacional (FMI). “Estes fundos poderiam ser utilizados como uma espécie de linha de crédito por precaução para manter os países no mercado. Contudo, estes mecanismos estão direcionados para ser utilizados só quando o país quebra”, disse o primeiro-ministro finlandês.

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    Integração – Monti disse que seria um “acontecimento terrível” para a integração do euro se ele caminhasse pouco a pouco para a divisão e a desintegração. Na terça-feira, ele afirmou que a Itália e o restante da Europa, abalados pela crise, aproximam-se do “fim do túnel”, antes de iniciar sua viagem por França, Finlândia e Espanha.

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    “Estamos nos aproximando, assim como o restante da Europa, do fim do túnel da crise, que começa a ser iluminado”, declarou Monti à rádio RAI 1, antes de chamar de “muito importantes” as decisões tomadas pelos dirigentes europeus em junho para solucionar os problemas da dívida. “As decisões que adotamos no conselho europeu de 28 e 29 de junho foram muito importantes e agora vemos os resultados em termos de maior disponibilidade das instituições europeias ou dos governos para aplicá-las”, completou.

    Para Monti, o mais importante é a adoção o mais rápido possível das decisões de Bruxelas.

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    Resgate – Monti viajou a Helsinque para afirmar que a Itália – terceira economia da zona do euro – não recorrerá a nenhum plano de resgate da Europa, mas precisa de apoio. A eurozona iniciou em 2010 planos de resgate para seus Estados-membros que não podem captar nos mercados devido aos rendimentos proibitivos que lhes exigiam, sendo a Grécia o primeiro beneficiado, seguida por Irlanda e Portugal.

    Chipre também pediu ajuda e a Espanha solicitou um plano de recapitalização para seus bancos de até 100 bilhões de euros. Surgiram rumores de que o montante poderia se estender para até 300 bilhões de euros, caso o custo de captação de dívida espanhola continue alto e chegue a patamar insustentável.

    Hoje, não há nada prevista para ajudar os países cujas taxas de juros sobem perigosamente, a não ser eventuais intervenções do Banco Central Europeu (BCE). O conselho de governadores do BCE reúne-se nesta quinta em meio a especulações após o recente anúncio de seu presidente, Mario Draghi, sobre a intervenção no mercado da dívida para reduzir a tensão que ronda Espanha e Itália.

    Relutante – A Finlândia foi um dos países que tem se mostrado resistente em aprovar o plano de ajuda à Espanha, mas acabou dizendo sim e renunciou aos juros que lhe corresponderiam por sua contribuição ao empréstimo em troca de uma garantia máxima de até 769,92 bilhões de euros.

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    (Com Agence France-Presse)

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