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IPCA sobe 0,26% em junho, abaixo do esperado pelo mercado

Índice ficou no positivo após dois meses seguidos de deflação puxado pela alta da gasolina e dos preços de alimentos

Por Larissa Quintino Atualizado em 10 jul 2020, 09h58 - Publicado em 10 jul 2020, 09h37
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  • Após dois meses seguidos de deflação impactados diretamente pela queda da demanda do consumo devido a crise do coronavírus, os preços no país voltaram a subir e registraram alta de 0,26% em junho, de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado nesta sexta-feira, 10, pelo IBGE. O dado, entretanto, é menor que o esperado pelo mercado, que previa crescimento de 0,30% no período.

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    A taxa foi influenciada pelo aumento nos preços dos combustíveis, que nos últimos meses vinham em quedas seguidas devido o choque do petróleo e a queda da demanda, e também aumento no valor dos alimentos. Com o resultado de junho, a inflação acumula alta de 0,10% em 2020. Nos últimos 12 meses, a alta é de 2,13%, bem abaixo da meta para o ano, que é de 4%.

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    De acordo com o IBGE, dos nove grupos de produtos pesquisados, sete tiveram alta no mês, o que pode ser mais um indicativo do aumento da demanda após meses de consumo deprimido. No caso dos transportes, que subiu 0,30%, o resultado foi puxado pela alta da gasolina (3,24%) e do etanol (5,74%). Passagens aéreas amargaram mais um mês de queda nos preços (-26,01%), devido a queda no número de passageiros por causa da crise do novo coronavírus. 

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    O grupo com maior impacto do resultado do IPCA de junho foi Alimentação e bebidas (0,38%), que aumentou em relação ao resultado de maio (0,24%). Este conjunto de itens, no entanto, já vinha de uma sequência de alta, que está em parte ligada à demanda elevada durante a pandemia do Covid-19. “As medidas de isolamento social, que fizeram as pessoas cozinharem mais em casa, por exemplo, ainda estão em vigor em parte do país. Isso gera um efeito de demanda e mantém os preços em patamar mais elevado”, explica Kislanov. Um exemplo é o item alimentos para consumo no domicílio, que passou de 0,33% em maio para 0,45% em junho, influenciado principalmente pela alta nos preços das carnes (1,19%) e do leite longa vida (2,33%).

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    Outros itens importantes na cesta de consumo das famílias, como o arroz (2,74%), o feijão-carioca (4,96%) e o queijo (2,48%) também registraram alta. Entre as quedas do grupo, os destaques foram o tomate (-15,04%) e a cenoura (-8,88%).  Ainda neste grupo, destaca-se também a alimentação fora do domicílio, que acelerou na passagem de maio (0,04%) para junho (0,22%), especialmente por conta do item lanche (1,01%).

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    Já o grupo que registrou a maior variação positiva no IPCA de junho foi Artigos de residência (1,30%), em função da alta dos eletrodomésticos e equipamentos (2,92%) e dos artigos de tv, som e informática (3,80%). Esse aumento está ligado a alta do dólar, já que diversos equipamentos, mesmo que produzidos no Brasil, tem componentes importados.

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    Em relação aos índices regionais, quatro das 16 áreas pesquisadas apresentaram deflação em junho, sendo o menor índice para o município de São Luís (-0,35%) e o maior registrado na região metropolitana de Curitiba (0,80%).

    Pesquisa via telefone

    Assim como os índices dos três meses anteriores, os preços dos produtos foram levantados por pesquisas realizadas pela internet e pelo telefone. Por causa do quadro de emergência de saúde pública causado pela Covid-19, o IBGE suspendeu, no dia 18 de março, a coleta presencial de preços nos locais de compra.  Para o cálculo do índice do mês de junho, foram comparados os preços coletados no período 29 de maio a 30 de junho de 2020 (referência) com os preços vigentes no período de 30 de abril a 28 de maio de 2020 (base).

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