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Inflação na Venezuela, hoje em 800%, deve acelerar, diz FMI

Fundo Monetário Internacional diz que país enfrenta crise profunda e que está em direção à hiperinflação

Por Da redação
Atualizado em 4 jun 2024, 20h28 - Publicado em 23 jan 2017, 16h19
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  • A situação econômica na Venezuela deve ficar ainda pior em 2017, segundo estimativas divulgadas pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) nesta segunda-feira. A instituição revisou a projeção de retração do PIB do país latino-americano para o ano de -4,5% para -6,0%. E a inflação, estimada em 800% em 2016 segundo dados preliminares do Banco Central Venezuelano divulgados pela agência de notícias Reuters na última seta feira, deve piorar ainda mais.

    O desequilíbrio na economia fez o FMI estimar, na previsão de outubro do ano passado, o aumento de preços aos consumidores no país em 1.660,05% para 2017. Na revisão de cenários divulgadas nesta segunda, o Fundo indica que os indicadores do país seguem se deteriorando. “A Venezuela permanece em uma crise econômica profunda em direção à hiperinflação, motivada por um grande déficit fiscal, distorções econômicas abrangentes e uma severa restrição na disponibilidade de importados e bens intermediários. Projeta-se que a atividade econômica se contrairá fortemente em 2017, enquanto a inflação vá acelerar mais”, diz o texto.

    No último domingo, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou a troca do comando do Banco Central do país, que passou das mãos de Nelson Merentes – um matemático que controlava a instituição desde 2009, exceto por um período ausente em 2013 – para o economista e deputado Ricardo Sanguino, seu aliado político. “Eu o conheço muito bem, é um dos homens mais estudiosos e conhecedores da vida financeira e monetária do país”, disse Maduro durante seu programa na TV.

    América Latina

    O FMI considera que o cenário global teve mudanças desde sua última previsão – em outubro – por fatores como a maior incerteza em relação às políticas comerciais a serem tomadas pelos Estados Unidos, a recuperação de fôlego no crescimento da China e a recuperação do preço das commodities . A previsão do crescimento do PIB para a região em 2017, foram revisadas de 1,6% para 1,2%.

    Na última semana, o FMI havia divulgado a revisão de 0,5% para 0,2% para o crescimento estiado no Brasil. O órgão considera que a retomada no país está mais lenta do que previsto anteriormente. O ritmo mais lento na retomada da economia no Brasil e na Argentina são fatores que pesaram na revisão para baixo das expectativas do FMI para o crescimento da região.

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