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Indústria citrícola vê queda de 18% na exportação em 2012

Por Fabíola Gomes SÃO PAULO, 28 Mai (Reuters) – A indústria de suco de laranja do Brasil prevê queda de 18 por cento na exportação em 2012, na comparação com o ano anterior, para 970 mil toneladas, previu a CitrusBR nesta segunda-feira. A previsão da CitrusBR, associação que reúne a indústria, foi feita em meio […]

Por Da Redação
28 Maio 2012, 18h04
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  • Por Fabíola Gomes

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    SÃO PAULO, 28 Mai (Reuters) – A indústria de suco de laranja do Brasil prevê queda de 18 por cento na exportação em 2012, na comparação com o ano anterior, para 970 mil toneladas, previu a CitrusBR nesta segunda-feira.

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    A previsão da CitrusBR, associação que reúne a indústria, foi feita em meio a um consumo menor na Europa, destino da maior parte das exportações brasileiras, Estados Unidos e Ásia.

    No Brasil, a expectativa é de consumo estável de suco de laranja em 36 mil toneladas em 2012.

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    Dentre os motivos apontados para a queda no consumo estão o preço mais alto do suco de laranja concentrado e congelado (fcoj) no ano passado, que atingiu o consumo no mercado asiático, Europa e outros mercados.

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    Além disso, os problemas com o fungicida carbendazim tiveram impacto nos embarques brasileiros para os Estados Unidos.

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    Os preços dos futuros do suco negociados em Nova York chegaram a superar 2 dólares por libra-peso no início de janeiro, quando foram descobertos os primeiros carregamentos do Brasil com carbendazim, mas vêm caindo desde então.

    Nesta quinta, o vencimento julho fechou a 1,0925 dólar por lb.

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    O presidente da CitrusBR, Christian Lohbauer, ressaltou que as exportações vem caindo constantemente em um cenário que preocupa setor.

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    Levantamento divulgado nesta segunda-feira aponta queda contínua na demanda nos principais países consumidores desde 2006/07. Diante desta trajetória de baixa, a indústria, juntamente com a Tetra Pak, contratou a Concreto Brasil com o intuito de fazer um diagnóstico do setor.

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    Será um estudo detalhado nos principais mercados consumidores, incluindo Alemanha, França, Inglaterra, Polônia, Noruega, Romênia, Japão, China, Canadá e Estados Unidos.

    Ele explica que é um projeto diferente do “I Feel Orange”, feito em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex), que era voltado para as mídias sociais.

    “Será um diagnóstico, queremos entender porque o consumo vem caindo em grandes consumidores”, afirmou Lohbauer em conferência de imprensa. O resultado do estudo, com custo estimado de 2 milhões de reais, deve sair em seis meses.

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    APOIO DO GOVERNO

    Com uma grande oferta interna da fruta e exportações em queda, a indústria de suco do Brasil, altamente concentrada e controlada por poucas grandes empresas, está articulando ajuda do governo.

    A safra 2012/13 de laranja é estimada pela indústria em 364 milhões de toneladas, queda de 15 por cento ante o período anterior, mas ainda a terceira maior dos últimos 20 anos.

    No ciclo anterior, o Brasil havia produzido 428 milhões de caixas, sendo a maior safra dos últimos 10 anos.

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    Dois anos consecutivos de safras grandes e consumo fraco estão levando a indústria a pedir a prorrogação de uma linha de crédito para estocagem e apoio do governo para lidar com a oferta excedente desta temporada.

    “Queremos prorrogar a linha para financiar a estocagem, mas também é importante um esforço conjunto para vender o excedente de laranja no varejo no mercado interno”, disse Christian Lohbauer, presidente executivo da CitrusBR, associação reúne a indústria de suco.

    No ano passado, o governo liberou uma linha de crédito de 320 milhões de reais para a indústria estocar o suco, com o compromisso de pagar 10 reais por caixa aos produtores.

    Destes 320 milhões de reais, a indústria utilizou até o momento 245 milhões de reais, segundo acompanhamento da CitrusBR.

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    “A LEC (Linha Especial de Crédito) foi pensada no ano passado, para carregar o estoque… o que não esperávamos era queda de consumo, safra grande e os problemas com carbendazim”, disse Lohbauer, justificando a demanda da indústria de prorrogar a linha de crédito.

    A cadeia cítricola vai se reunir na quarta-feira em Brasília com representantes do governo para discutir a situação do setor, que trabalha com oferta excedente e preços deprimidos.

    Os estoques em junho deste ano são estimados 556 mil toneladas, volume que inclui as 311 mil toneladas estocadas com recursos da LEC.

    “Se processarmos esta safra grande que vem, os estoques no Brasil vão transbordar de suco”, disse ele, acrescentando que a capacidade máxima de estocagem no país é de 825 mil toneladas.

    Ele ressalta que neste cenário de ampla oferta dificilmente será mantido o preço de 10 reais por caixa, pago no ciclo anterior.

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