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Governo não investe o suficiente em melhorias ao setor elétrico

Documento divulgado em dezembro já apontava necessidade de investimentos em linhas de transmissão para conectar sistema nacional

Por Da Redação
21 jan 2015, 09h12
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  • Os apagões de segunda-feira deixaram evidente a necessidade de investimentos no setor, especialmente em redes inteligentes de energia, os chamados ‘smart grids’. Amplamente difundidas na Europa, essas redes permitem que as famílias controlem de maneira mais eficiente seus gastos com eletricidade – e, em alguns casos, possam até mesmo gerar a própria energia e vender o excedente ao sistema. No Brasil, disponibilizar tal solução está a cargo das distribuidoras, mas para que invistam na tecnologia, seria necessário um plano de integração entre as redes que só o governo poderia elaborar – mas não o faz. Nem mesmo as obras tidas como necessárias para o setor elétrico recebem investimentos governamentais.

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    Um levantamento divulgado em dezembro mostrou que um terço das obras indicadas pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) como prioritárias para garantir o abastecimento do Brasil não foram executadas.

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    No chamado Plano de Ampliações e Reforços (PER), elaborado todos os anos, o ONS, responsável pela segurança energética nacional, aponta quais são os projetos de linhas de transmissão e de subestações de energia que precisam ser contratados para afastar o risco de panes graves e apagões.

    No fim do ano passado, o ONS reforçou ao governo o pedido de execução de 104 dos 310 projetos previstos para sair do papel entre 2015 e 2017. Isso porque as obras já haviam sido demandadas, mas nada havia sido feito até então. Esses projetos representam 34% do total dos empreendimentos necessários para dar segurança técnica à distribuição de energia. São necessárias ainda 147 instalações novas de linhas e subestações, além de outras 163 medidas de reforço.

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    Sem previsão – O ONS estima que seria necessário investir 13,8 bilhões de reais nessas obras. Ocorre que a maior parte dos pedidos não tem previsão de licitação. Dos 45 mil km de novas linhas de transmissão previstas até 2017, 10,2 mil quilômetros ainda não tinham estimativa de concessão até o fim do ano passado. A maior parte dessa malha nova está planejada justamente para as Regiões Sudeste/Centro-Oeste (38% do total). A região concentra a maior parcela do consumo energético do país e demanda medidas de reforço.

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    Os projetos apontados como necessários pelo operador têm papel crucial na proteção do Sistema Interligado Nacional (SIN), uma rede que chega a cerca de 110 mil km de linha de transmissão e conecta todos os Estados, à exceção de Roraima.

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    A principal vantagem dessa integração é permitir ao ONS o envio de energia para diversas regiões do país, independentemente de onde e por qual usina ela seja gerada. Por outro lado, aumenta o desafio de manter toda essa rede em funcionamento.

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    Na terça-feira, o governo anunciou um reforço à produção de energia depois dos apagões que aconteceram na segunda-feira em diversos Estados brasileiros. A Petrobras vai ampliar a geração de cinco usinas térmicas: Baixada Fluminense (RJ), Fernando Gasparian (SP), Sepé Tiaraju (RJ), Luis Carlos Prestes (MS) e Governador Leonel Brizola (RJ). Trata-se de empreendimentos que estão em operação, mas tiveram parte de sua capacidade de geração cortada por questões de manutenção ou restrições operacionais. As usinas devem retomar suas operações plenas até o dia 18 de fevereiro, segundo o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga. A geração adicional a partir desta data será 867 megawatts (MW).

    Apagão
    Apagão (VEJA)

    (Com Estadão Conteúdo)

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