O número de mortos em consequência de um defeito da ignição em carros da General Motors (GM) subiu para 117 no mundo, segundo o último relatório do fundo de compensação independente da fabricante de veículos. Quando o fundo de compensação, dirigido pelo advogado Kenneth Feinberg, foi estruturado há aproximadamente um ano, a GM havia reconhecido 13 mortes relacionadas com a falha da ignição.
A GM esteve ciente do problema da ignição por mais de uma década antes de começar a fazer o recall de mais de 2,6 milhões de veículos em todo o mundo, em fevereiro do ano passado. Ainda segundo o fundo, 16 mortes ainda estão sendo analisadas.
Em seu último balanço, o fundo informou que, entre as 4.342 reclamações por acidentes com mortos e feridos, 354 eram passíveis de compensação. Houve pelo menos 13 casos confirmados de lesões incapacitantes, tais como danos cerebrais, e 27 dessas reivindicações ainda estão sendo avaliadas. O número de pedidos para hospitalização ou tratamento médico ambulatorial chegou a 224, com 36 pedidos em análise.
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Falha – O defeito mecânico, conhecido desde 2005 pela GM, deu origem a investigações feitas pelo Departamento de Justiça dos EUA, pelo organismo que controla os mercados financeiros (SEC) e pelo Congresso americano.
Em abril, a Justiça americana declarou prescrita a maioria das causas sobre mortes, acidentes e incidentes vinculados a esta falha ocorridas antes da quebra da GM em 2009, quando apresentou um pedido de concordata para evitar uma possível falência. A companhia prevê pagar um milhão de dólares por morte, ao que se somam 300.000 dólares para o cônjuge sobrevivente e 300.000 dólares para cada um dos eventuais beneficiários. Para as vítimas que sofreram alguma sequela física, o valor da indenização varia de 20.000 dólares a 500.000 dólares.
(Com agência France-Presse)