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Geradoras podem não renovar suas concessões de energia, diz ABCE

Para a advogada especialista em setor elétrico, as empresas com concessões do setor elétrico vencendo entre 2015 e 2017 não deveriam assinar os contratos

Por Da Redação
25 set 2012, 15h56
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  • Algumas empresas de geração de energia afetadas pela medida provisória sobre a renovação das concessões que vencem entre 2015 e 2017 já consideram não renovar os contratos, segundo o presidente do Conselho de Administração da Associação Brasileira das Concessionárias de Energia Elétrica (ABCE).

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    “Tem algumas concessionárias que estão cogitando não renovar e esperar licitar”, disse Alexei Marcorin Vivan a jornalistas nesta terça-feira, após palestra no Simpósio Jurídico da ABCE. Segundo ele, todas as concessionárias afetadas pela MP das concessões estão reclamando dos prazos estabelecidos para a manifestação do interesse em manter os ativos – o que teria de acontecer antes que essas empresas consigam avaliar com detalhes os impactos e as condições de uma renovação.

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    Marcorin disse ainda que a ABCE enviará carta ao Ministério de Minas e Energia pedindo que o prazo de 15 de outubro para que as empresas manifestem interesse em continuar com os ativos seja prorrogado. A MP está sendo criticada principalmente no setor de geração que, na avaliação do presidente do Conselho da ABCE, teve alterações muito grandes nas regras.

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    Insegurança – Para a advogada especialista em setor elétrico Elena Landau, sócia do escritório de advocacia Sérgio Bermudes, as empresas com concessões do setor elétrico vencendo entre 2015 e 2017 não deveriam assinar os contratos de renovação diante das condições estabelecidas.

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    “No meu ponto de vista, não vejo nenhum motivo econômico ou político para assinar essas concessões”, disse Elena. Ela considera que há inconsistência jurídica na MP, o que traz insegurança aos investidores e para o setor como um todo. Ela acrescentou que o fato de terem sido apresentadas 431 emendas à MP é um sinal de que a medida não foi bem feita.

    O desrespeito aos contratos no mercado livre, o enquadramento de algumas usinas que ainda poderiam ser renovadas nas novas regras da MP e a falta de participação dos agentes na elaboração da MP são outros problemas apontados pelos advogados. Elena mencionou o caso das usinas Três Irmãos, da Cesp, e São Simão, da Cemig. Ambas estão entre usinas que ainda poderiam ter as concessões renovadas, mas que foram enquadradas na MP inesperadamente.

    A diretora jurídica da Cemig, Maria Celeste Morais Guimarães, disse que não havia dúvidas de que a renovação de São Simão poderia acontecer pelas regras anteriores. “Para nós é muito evidente a violação do contrato e a insegurança jurídica”, disse Maria Celeste em palestra.

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    (Com agência Reuters)

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