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FMI defende intervenção de países emergentes no câmbio

Economistas da organização defendem, em artigo, que as intervenções nos mercados podem, na verdade, aumentar a credibilidade dos bancos centrais

Por Da Redação
29 fev 2012, 16h09
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  • “Se dois instrumentos de política monetária estão disponíveis (a taxa de juros e a intervenção nos mercados de câmbio), então eles devem ser utilizados em conjunto”

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    Para economistas do Fundo Monetário Internacional (FMI), em alguns casos, é benéfico que países emergentes interfiram nos mercados de câmbio. Em estudo divulgado nesta quarta-feira, os economistas Jonathan D. Ostry, Atish R. Ghosh e Marcos Chamon defendem que bancos centrais de países emergentes suavizem fortes oscilações nas suas moedas, em especial quando são causadas por choques econômicos externos que alimentam acentuada entrada de capital no país.

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    O estudo analisa 14 países e suas políticas cambiais, incluindo Brasil, Coreia do Sul, Turquia, Polônia, Hungria e Tailândia, e reflete uma mudança mais ampla na postura política da organização. Nos últimos meses, o FMI tem dado sinais de apoio a medidas adotadas por países emergentes que são criticadas por países desenvolvidos (como, por exemplo, o uso de controles de capital). “Se dois instrumentos de política monetária estão disponíveis (a taxa de juros e a intervenção nos mercados de câmbio), então eles devem ser utilizados em conjunto, para se atingir tanto a estabilidade de preços como os objetivos cambiais”, diz o texto intitulado “Dois Alvos, Dois Instrumentos: Políticas Monetárias e Cambiais em Economias de Mercados Emergentes”.

    No artigo, os economistas alegam que, em vez de prejudicar a credibilidade dos bancos centrais em relação às metas de inflação, as intervenções nos mercados de câmbio podem, na verdade, ajudar a credibilidade da autoridade monetária. A confiança conquistada pelos BCs torna suas políticas mais eficientes.

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    “A ideia de usar mais ferramentas para lidar com problemas econômicos está ganhando força na esteira da crise financeira”, diz Ostry, que é vice-diretor do departamento de pesquisa do FMI. “A visão estreita de que tudo estará bem desde que o banco central garanta preços estáveis aos consumidores simplesmente não se sustenta”.

    No texto, os autores dizem que, face aos fortes oscilações no câmbio, rejeitar totalmente as intervenções “pode, na verdade, prejudicar a credibilidade do banco central em vez de fortalecê-la”. Mas eles também alertam para as intervenções unilaterais prolongadas, argumentando que essas medidas devem ser usadas para realinhar a moeda e não desalinhar.

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    (com Agência Estado)

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