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Fitch vê Brasil vulnerável a rebaixamento em 2016

Neste ano, a agência de classificação de risco já cortou rating de 12 economias emergentes exportadoras de commodities

Por Da Redação
26 nov 2015, 09h27
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  • Os mercados emergentes deverão enfrentar outra onda de rebaixamento de ratings para o próximo ano, com o Brasil sob risco de ter um corte para grau especulativo e a região da África e Oriente Médio recebendo potencialmente uma “perspectiva negativa”, disse o principal analista de ratings soberanos da agência de classificação de risco Fitch, James McCormack.

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    Os preços em baixa das commodities, combinados com o crescimento global fraco e a aproximação da primeira elevação dos juros nos Estados Unidos em quase uma década, estão se mostrando uma ameaça para os ratings dos países em desenvolvimento, disse McCormack à Reuters.

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    A agência de classificação de risco já cortou o rating de doze economias emergentes exportadoras de commodities neste ano, e catorze países, incluindo grandes nomes como Brasil, Rússia, África do Sul e Nigéria, estão atualmente sob alerta de rebaixamento – ou “perspectivas negativas”, na linguagem da agência de rating. O próximo ano parece que terá uma história similar.

    Em outubro a Fitch cortou a nota de crédito do Brasil para “BBB-“, último degrau que garante o grau de investimento. Agora, todas as atenções estão voltadas para ver se ela segue a Standard & Poor’s e corta a nota do Brasil para grau especulativo. “Creio que é um padrão em que vamos continuar vendo no próximo ano”, disse McCormack.

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    Em setembro, a Standard & Poor’s retirou o selo de bom pagador do Brasil ao cortar o rating do país de “BBB-” para “BB+” e sinalizou que pode colocar o país ainda mais para dentro do território especulativo, ao manter a perspectiva negativa para a nota de crédito brasileira. Esse movimento, se ocorrer, pode retirar mais de 20 bilhões de dólares de valor dos títulos brasileiros, prevê o JPMorgan.

    “O Brasil parece ser o mais vulnerável (a perder o grau de investimento)”, disse McCormack, citando a falta de consolidação fiscal do país como a maior causa de preocupações. “Vamos olhar para isso novamente no começo de 2016. Quando as coisas estão se deteriorando, precisamos acompanhar com maior frequência. Faz apenas poucos meses (desde o último rebaixamento em outubro), mas até o momento nós não vimos de fato nenhuma melhora.”

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    As expectativas de que o dólar continuará a subir quando a taxa de juros dos EUA começar a ser elevada também são importantes para os ratings de mercados emergentes. “Historicamente não há relação entre o rating médio dos mercados emergentes e a taxa de juros do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), mas há uma relação bem próxima entre o dólar e o rating médio dos mercados emergentes”, completou McCormack.

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    (Com Reuters)

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