O Federal Reserve (Fed) adotou nesta segunda-feira uma regra que exige que os oito maiores bancos americanos tenham um colchão de reservas maior, com o objetivo de torná-los menos sujeitos a grandes turbulências, como a que derrubou o Lehman Brothers na crise de 2008. O Banco Central dos Estados Unidos definiu que as instituições terão de ter mais reserva de capital, num porcentual que varia de 1% a 4,5% dos ativos de cada banco. A medida foi encarada pelo mercado como positiva sob o ponto de vista da regulação, mas negativa sobre as perspectivas de lucro das instituições em questão: O Citigroup, o Bank of America, o JP Morgan, o Morgan Stanley, o Goldman Sachs, o Wells Fargo, o State Street e o BNY Mellon.
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Os reguladores também querem que os bancos cuja a falência poderia ameaçar os mercados globais financiem-se mais com capital de acionistas e menos com empréstimos. “Eles devem reter substancialmente mais capital, reduzindo a probabilidade de falência, ou vão afundar”, disse a presidente do Fed, Janet Yellen, em declaração.
O JPMorgan terá o maior aumento, de 4,5%, seguido por Citigroup, com 3,5%, mas todos devem fazer reservas maiores no período de três anos, prazo dado para implementarem a medida, disse o Fed. A regra não requer que os bancos tenham folga de capital nos período de testes de estresse feitos anualmente, nos quais os bancos devem simular como reagiriam se estivessem numa crise.
(Com Reuters)