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Fabricação de moeda cai e troco some do mercado

Lotéricas também estão sugerindo que brasileiros usem cartões. Cortes sucessivos no orçamento do Banco Central explicam o sumiço

Por Da Redação
14 out 2014, 09h49
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  • Comerciantes e lojistas estão fazendo de tudo para conseguir moedas – alguns dão brindes e descontos aos clientes que facilitam o troco. Os apelos em busca do dinheiro miúdo chegaram até mesmo às igrejas, flanelinhas e ambulantes. Está muito difícil conseguir moedas e notas de baixo valor nos bancos. Mas não é só o comércio que sofre com a falta de troco. Algumas lotéricas, que funcionam como correspondentes bancários da Caixa, já pedem aos clientes compreensão sobre a falta de troco e apelam para que eles paguem com cartão. A situação compromete também os pagamentos de benefícios sociais, como o Bolsa Família.

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    As causas para o sumiço do troco na rede bancária são os cortes sucessivos no orçamento do Banco Central, que já está 28% menor do que no ano passado. Sem recursos, a instituição foi obrigada a reduzir as encomendas de moedas para menos de um terço dos pedidos feitos no ano passado. Em cédulas, foram solicitadas menos da metade das unidades de 2013, segundo o contrato firmado entre o BC e a Casa da Moeda, responsável pela fabricação de dinheiro no país.

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    No ano passado, a Casa da Moeda produziu 3,15 bilhões de cédulas e 2,3 bilhões de moedas de todos os valores para o BC. Neste ano, a previsão é fabricar 1,2 bilhão de cédulas e somente 945 milhões de moedas. Essas são as quantidades previstas em contrato para todo o ano, mas, passados nove meses, a fabricação está muito abaixo da previsão e o orçamento destinado para esse fim já foi praticamente todo gasto. De janeiro a setembro, a Casa da Moeda produziu 654 milhões de cédulas e 286 milhões de moeda.

    Até o momento, porém, não há evidências de que essa produção menor tenha se refletido em diminuição da base monetária – o dinheiro em circulação. Uma hipótese para isso é que, para economizar, o BC tenha, por exemplo, mandado imprimir uma nota de 100 reais no lugar de cinco de 20 reais ou de 50 de 2 reais.

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    O orçamento aprovado para o Departamento de Meio Circulante foi de 208,1 milhões de reais em 2014, incluindo a produção de moedas comemorativas (Copa do Mundo, por exemplo). Em 2013, o orçamento para a fabricação de dinheiro foi 500% maior: 1,261 bilhão de reais. Foram efetivamente gastos no ano passado 1,234 bilhão contra apenas 205,6 milhões neste ano.

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    O BC admite que a contenção de gastos atrasa a reposição das notas desgastadas e danificadas pelo uso por novas cédulas. “O BC vem buscando aumentar o prazo de circulação das notas, sem contudo descuidar-se de recolher aquelas com elevado nível de desgaste”, disse, em nota. Em média, a vida útil das cédulas de pequeno valor, que circulam mais, é de pouco mais de um ano. As novas notas, da segunda família do real, receberam uma camada de verniz para aumentar a vida útil.

    (Com Estadão Conteúdo)

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