Pela primeira vez as exportações de aço do Brasil superaram, em setembro, as vendas no mercado interno. O Instituto Aço Brasil revelou que as usinas colocaram 1,48 milhão de toneladas de produtos no mercado doméstico em setembro, queda de 20,7% em relação ao mesmo mês do ano passado e de 6,2% ante agosto. Já os volumes que foram vendidos no exterior chegaram a 1,59 milhão de toneladas, avanço de 31,6% e 22,4% na mesma base de comparação, respectivamente.
No caso das importações, o volume caiu 40,3% na comparação anual durante setembro, para 224,3 mil toneladas. Ainda assim, frente a agosto, foi registrada uma alta de 9,7%. As informações foram publicadas em reportagem do jornal Valor Econômico desta terça-feira.
Influenciados por esse cenário e pelo impacto do dólar sobre a dívida, os balanços das siderúrgicas provavelmente fecharam o terceiro trimestre no vermelho, segundo prévia dos resultados da maioria dos bacos consultados pelo Valor. A média de estimativas do Bank of America Merril Lynch (BofA), BTG Pactual, Citi e J.P. Morgan aponta para prejuízo líquido de 1,18 bilhão para a CSN.
No caso da Gerdau, BofA e Citi preveem lucro de 200 milhões e 189 milhões de reais, respectivamente, e BTG e J.P. Morgan, prejuízo de 203 milhões e 365 milhões de reais, na mesma ordem. No último período de 2014, a Gerdau teve lucro de 261,9 milhões de reais.
A queda do real ante o dólar pode ajudar os balanços das empresas. O problema é que as margens dos produtos enviados ao exterior são menores do que os demandados no Brasil. As usinas vendem mais semiacabados a outros países, que têm maior custo de produção frente aos preços praticados.
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(Da redação)