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Conheça a origem da Black Friday e quando começou no Brasil

Data teve origem nos Estados Unidos, após crise que afetou pequenas lojas. Vendas devem atingir R$ 2,2 bilhões no Brasil em 2017

Por Da redação
Atualizado em 23 nov 2017, 21h28 - Publicado em 23 nov 2017, 13h14
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  • Apesar de ainda gerar uma certa desconfiança, a Black Friday caiu no gosto do dos consumidores e das empresas no Brasil. Surgida nos Estados Unidos no século passado, a data passou a ser adotada por lojas brasileiras a partir de 2010. Neste ano, as promoções ocorrem amanhã.

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    A Black Friday deve movimentar 2,2 bilhões de reais na sua oitava edição no país, 15% a mais que a edição anterior, segundo dados da consultoria Ebit. A primeira edição movimentou o equivalente a 3 milhões de reais.

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    Há registros de que o dia de promoções exista nos Estados Unidos desde 1869. Se hoje é sinônimo de filas quilométricas e clientes se acotovelando para conseguir produtos com descontos generosos, sua origem está ligada à necessidade dos lojistas de reverter prejuízos acumulados no ano. “Os economistas da época tinham a teoria de que se a loja não tivesse com lucro até o feriado de Ação de Graças, era preciso correr”, disse a VEJA o professor de comportamento do consumidor do mestrado profissional da ESPM, Fábio Mariano.

    Após uma grande crise naquele ano, em que muitas lojas pequenas quebraram, os varejistas sentiram necessidade de fazer promoções. Além do incentivo para aumento nas vendas, a data também é uma oportunidade para que as empresas liberem espaço nos estoques, abrindo vaga para os produtos destinados ao Natal.

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    A edição americana acontece sempre na quarta sexta-feira de novembro, um dia após o feriado nacional de Ação de Graças. O Brasil segue o mesmo calendário dos Estados Unidos. A diferença é que aqui alguns lojistas realizam uma semana de promoções (black week) e até mesmo o mês de descontos.

    Nome

    Existem vários mitos sobre a origem do nome. Um deles é sobre a questão racial, numa referência a um dia em que haveria vendas de escravos.

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    Segundo Mariano, os historiadores registram que o termo tem a ver com o registro contábil das empresas. Com as promoções, era época para sair do “vermelho” e ir para o “preto” – no Brasil, diríamos “no azul”, mas a cor teria outra conotação lá. “Dizer ‘I’m blue’ [estou azul, em tradução livre] pode significar ‘estou depressivo’, em inglês. Mas a expressão ‘going back to black’ [voltar ao preto] quer dizer se recuperar de prejuízo”, explica o professor.

    Na década de 1960, por conta do movimento negro contra o racismo (Black Power), alguns lojistas tentaram mudar o nome para “Big Friday”, mas o nome não vingou. A suspeita é que isso se deu por causa policiais e motoristas de ônibus da cidade americana da Filadélfia, segundo registro em jornal local da época. O tumulto causado pelos consumidores ao ir às compras causava uma verdadeira “sexta-feira negra” de poluição e estresse para os profissionais que tinham que lidar com isso.

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    No Brasil

    Por aqui, a ideia foi trazida pelo publicitário Pedro Eugênio, do site Busca Descontos. Nas primeiras edições, a prática de algumas empresas de aumentar os preços na véspera para cobrar “a metade do dobro” – originando o termo “Black Fraude” – e os problemas de instabilidade dos sites geraram muita desconfiança sobre a veracidade da promoção.

    Desde então, as grandes lojas têm reforçado a estrutura de vendas para atender a demanda – empresas como o Google fazem consultorias em tempo real para ajudar nas operações. Os órgãos de defesa do consumidor também estão mais atentos, e fazem cartilhas de orientação e plantões diante do aumento das reclamações no período.

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