O Conselho Empresarial dos Brics, formado por 25 empresas dos cinco países que compõem o grupo, entregará na terça-feira um documento com medidas elaboradas para facilitar o ambiente de negócios entre Brasil, Rússia, China, Índia e África do Sul. O Conselho, criado em 2013 durante encontro na África do Sul, se reuniu nesta segunda-feira em evento paralelo à VI Cúpula dos Brics, que teve início nesta segunda-feira em Fortaleza, no Ceará.
De acordo com Rubens de la Rosa, presidente da sessão brasileira do Conselho, entre os pontos a serem apresentados no relatório estão a troca direta de moeda entre os Brics, a adoção de medidas para facilitar a obtenção de visto entre cidadãos do grupo e que os cinco países adotem normas técnicas semelhantes, para facilitar o comércio multilateral.
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De la Rosa, presidente a brasileira Marcopolo, será nomeado ao final do encontro presidente do Conselho Empresarial dos Brics. Atualmente o posto é ocupado pelo sul-africano Patrice Motsepe. O Brasil é representado, além da Marcopolo, por outras quatro companhias: Banco do Brasil, Weg, Vale e Gerdau. De acordo com o brasileiro, desde a criação do Conselho, em março de 2013, os membros têm feito reuniões mensais virtuais para levantar quais são os principais pontos de interesse de negócios entre os Brics. Segundo ele, a próxima meta é adotar medidas “pragmáticas” para viabilizar os negócios. “A primeira impressão que temos é de que todo mundo quer vender para todo mundo e ninguém quer comprar, mas há sim diversas áreas de cooperação. Há coisas que podem ser feitas em conjunto nos próprios países e em terceiros países. Há interesses e zonas em comum”, comenta.
O encontro – A VI Cúpula dos Brics teve início nesta segunda-feira, em Fortaleza, e se estenderá até quarta-feira, em uma etapa que será realizada em Brasília. A segunda foi dedicada ao encontro dos ministros de Finanças e de empresários. Os chefes de Estado participarão a partir de terça-feira. Os presidentes do Brasil, Dilma Rousseff; da Rússia, Vladimir Putin; da China, Xi Jinping; e da África do Sul, Jacob Zuma, além do primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, abordarão aspectos como a inclusão social e o desenvolvimento sustentável e finalizarão os detalhes para a criação do banco dos Brics.
Na pauta, entre outros pontos, a criação de um banco de desenvolvimento dos Brics e de um fundo emergencial de reservas – instituições que devem concorrer com os tradicionais Banco Mundial e Fundo Monetário Internacional (FMI), respectivamente.