Depois de apresentar um pico de mais de 2 reais às 14h29 (o que não acontecia desde 8 de julho de 2009), o dólar fechou o pregão com alta de 1,7%, cotado a 1,9899 real na venda. A moeda seguiu o mau humor dos mercados internacionais que temem uma possível saída da Grécia da zona do euro, após desentendimentos internos entre partidos políticos.
No dia, as tensões vindas do Velho Continente ditaram também as quedas das bolsas de valores ao redor do mundo. No Brasil, o Ibovespa encerrou o dia com queda de 3,21%, aos 57.539 pontos. A bolsa da Grécia caiu 4,56% e chegou a um nível que não era registrado desde o início da década de 1990.
Atenas no centro dos temores – Depois da frustrada tentativa da Grécia de chegar a uma acordo para formação de um novo governo de coalizão neste final de semana, teme-se que o país deixe a zona do euro. O analista da Tendências Consultoria, Sílvio Campos Neto acredita que o mercado de câmbio pode ter dias ou até mesmo meses de muita turbulência pela frente, com dúvidas ainda muito fortes sobre o futuro da zona do euro. A Comissão Europeia (CE) – braço político da União Europeia (UE) – espera que a Grécia continue a fazer parte da zona do euro, mas reitera que o país precisa respeitar suas obrigações. No dia, o presidente grego, Karolos Papoulias, propôs aos líderes partidários que seja formado um governo tecnocrata para por fim à fragmentação política após as eleições de 6 de maio. Assim, o país não precisaria de novas eleições em junho para fazer chegara a um acordo à respeito de sua política econômica.
Positivo – O ministro da Fazenda, Guido Mantega, comemorou nesta segunda-feira a alta da moeda americana ante o real. Ele reiterou o argumento de que essa movimentação beneficia a indústria brasileira diante da concorrência mais acirrada dos importados, e que o governo nunca estabeleceu nenhum parâmetro para a moeda americana nem vai estabelecer.
(com Reuters)