O dólar fechou em baixa nesta sexta-feira, voltando a ser negociado abaixo dos 3 reais. A moeda americana caiu 1,45%, e terminou o dia em 2,98 reais. Na cotação máxima, subiu a 3,04 reais e, na mínima, a 2,90 reais. Trata-se da quarta queda consecutiva. Nesta sexta-feira, o mercado reagiu à divulgação de dados divulgados pelo governo americano sobre o mercado de trabalho do país.
O Departamento do Trabalho dos Estados Unidos informou que a taxa de desemprego no país caiu de 5,5% em março para 5,4% em abril, o menor patamar em sete anos. Apesar do número favorável, o rendimento médio do americano subiu apenas 0,1% e a criação de vagas foi a menor desde junho de 2012. Investidores minimizaram a taxa baixa de desemprego e focaram no fraco crescimento da renda média.
Sem o aumento dos salários, a inflação nos Estados Unidos tende a permanecer baixa e os juros quase zerados. A avaliação reforça a expectativa de que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) demore para aumentar os juros.
O economista da 4Cast Pedro Tuesta ressaltou que o mercado tem dado bastante importância para números relacionados à inflação nos EUA, mas também lembrou que o Fed observa um conjunto de fatores para tomar suas decisões. “Precisamos esperar a poeira baixar”, afirmou.
A combinação desses fatores fez com que os ativos brasileiros ficassem mais atrativos para o capital externo, sobretudo com a Selic no patamar de 13,25% ao ano. Isso ajuda a explicar a valorização do real ante o dólar.
Bolsa – Após um dia volátil, o Ibovespa, o principal índice da bolsa de São Paulo, fechou em alta nesta sexta, subindo 0,4%, a 57.149 pontos. O avanço foi puxado principalmente pelos bancos, BR Foods e Cielo.
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(Da redação)