A Dívida Pública Federal (DPF), que inclui os endividamentos interno e externo do governo, apresentou queda de 1,35% em abril ante março para 2,052 trilhões de reais, segundo dados divulgados no início da tarde desta terça-feira pelo Tesouro Nacional. O estoque da DPF em março era de 2,080 trilhões de reais. A redução da dívida aconteceu em razão de o resgate líquido dos títulos públicos ter sido menor que a apropriação dos juros no período.
Enquanto a Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi) caiu 1,53% e fechou o mês em 1,959 trilhão de reais, a Dívida Pública Federal externa (DPFe) ficou 2,65% maior, somando 92,9 bilhões de reais em abril.
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O Tesouro prevê que a dívida pública chegue ao patamar máximo de 2,32 trilhões de reais no fim deste ano – 198 bilhões de reais a mais em relação ao fechamento de 2013.
Estrangeiros – Os dados apresentados mostram ainda que os investidores estrangeiros aumentaram suas aplicações em títulos da DPMFi a 18,79%, frente a 18,15% verificada em março para 368,25 bilhões de reais – um novo recorde.
Esse movimento de avanço dos estrangeiros em papéis da dívida brasileira ocorre em meio às sinalizações do Banco Central de que poderá encerrar, nesta quarta-feira, o ciclo de aperto monetário iniciado em abril do ano passado e que retirou a Selic da mínima histórica de 7,25% para os atuais 11%.
As instituições financeiras diminuíram a participação no estoque da DPMFi de 29,24% em março para 27,93% em abril. A fatia nas mãos dos fundos de investimento também caiu de 20,94% para 20,71% no mesmo período.