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Decisão do BCE sobre bancos gregos abala confiança da região

Por Andreas Framke e Harry Papachristou FRANKFURT/ATENAS, 17 Mai (Reuters) – O Banco Central Europeu (BCE) deixou de oferecer liquidez a alguns bancos gregos que não considera solventes, aumentando a preocupação internacional com a zona do euro depois que Atenas convocou novas eleições parlamentares, que deverão ser vencidas por partidos contrários às medidas de austeridade. […]

Por Da Redação
17 Maio 2012, 13h50
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  • Por Andreas Framke e Harry Papachristou

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    FRANKFURT/ATENAS, 17 Mai (Reuters) – O Banco Central Europeu (BCE) deixou de oferecer liquidez a alguns bancos gregos que não considera solventes, aumentando a preocupação internacional com a zona do euro depois que Atenas convocou novas eleições parlamentares, que deverão ser vencidas por partidos contrários às medidas de austeridade.

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    Os temores de que Atenas esteja à beira de sair da zona do euro e causar uma nova crise financeira sacudiu os mercados mundiais e alarmou líderes globais, com a Grécia devendo ser o principal assunto na pauta da cúpula do Grupo dos Oito (G8), que reúne os sete países mais ricos e a Rússia, no final de semana.

    “A questão central não será a Grécia, mas a Espanha e a Itália”, disse o presidente do Banco Mundial (Bird), Robert Zoellick, na quarta-feira.

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    Se a Grécia deixar a zona do euro, os efeitos em cascata podem ser muito prejudiciais e lembrar a época em que o Lehman Brothers entrou em colapso em 2008, espalhando pânico nos mercados financeiros globais.

    Nesta quinta-feira, o Fundo Monetário Internacional (FMI) afirmou que não vai retornar à Grécia para revisar o programa de empréstimo antes das eleições de 17 de junho, segundo o vice-diretor de assuntos internacionais do FMI, David Hawley.

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    Destacando o frágil estado do sistema bancário da Grécia, o BCE disse na quarta-feira que parou de fornecer liquidez para alguns credores porque o capital deles estava muito esgotado, confirmando uma reportagem anterior da Reuters.

    “Como a recapitalização não estava acontecendo, o BCE interrompeu as operações de política monetária”, disse uma fonte do BCE à Reuters, pedindo para não ser identificado.

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    Isso significa que os bancos afetados não podem mais oferecer ativos para o BCE como garantia para empréstimos, e teriam que buscar financiamento mais caro de emergência junto ao Banco da Grécia.

    A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional, Christine Lagarde, alertou para “consequências extremamente caras” se a Grécia sair da zona do euro, uma possibilidade que foi um tabu no passado e que agora os líderes europeus já começaram a discutir abertamente.

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    ESQUERDA LIDERA PESQUISAS

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    Em março, a Grécia concordou em fazer cortes extensos no orçamento como condição de um pacote de resgate de 130 bilhões de euros (165 bilhões de dólares), organizado pela União Europeia (UE) e o Fundo Monetário Internacional (FMI).

    Mas o país não tem um governo eleito desde uma eleição inconclusiva em 6 de maio, na qual os partidos contrários às medidas de austeridade impopulares, que faziam parte do resgate, tiveram bom desempenho, aumentando a chance de que os fundos de resgate poderiam ser interrompida, empurrando o país para a falência e para fora do euro.

    O fracasso dos partidos pró e contra o resgate em chegar a um acordo sobre uma coalizão forçou o presidente Karolos Papoulias a convocar a segunda eleição em dois meses. Ele chegou a dizer que o caos poderia provocar pânico e uma corrida aos bancos para saques.

    Uma nova pesquisa de opinião confirmou que os esquerdistas que rejeitam o pacote de resgate estão prestes a vencer no próximo mês, e os dois partidos que concordaram com o resgate estão afundando ainda mais.

    O presidente do BCE, Mario Draghi, disse que, sob o Tratado da UE, não era o seu trabalho decidir o que acontece com a Grécia.

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    “Quero afirmar que a nossa forte preferência é que a Grécia continue na zona do euro”, disse ele, em Frankfurt. No entanto, ele acrescentou: �Como o tratado não prevê nada sobre (uma) saída, isso não é uma questão para o BCE decidir.”

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