Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Cortar Selic agora seria contrassenso, avalia Besi

Por Francisco Carlos de Assis São Paulo – Reduzir juros diante do atual quadro econômico, com a inflação se distanciando da convergência para o centro da meta, seria um contrassenso do Comitê de Política Monetária (Copom), avalia o economista-chefe do Espírito Santo Investment Bank (Besi Brasil), Jankiel Santos. “Não é de agora que achamos que […]

Por Da Redação
28 Maio 2012, 11h10
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Por Francisco Carlos de Assis

    Publicidade

    São Paulo – Reduzir juros diante do atual quadro econômico, com a inflação se distanciando da convergência para o centro da meta, seria um contrassenso do Comitê de Política Monetária (Copom), avalia o economista-chefe do Espírito Santo Investment Bank (Besi Brasil), Jankiel Santos. “Não é de agora que achamos que o Banco Central (BC) deveria parar de cortar juros e aguardar os efeitos dos estímulos que o governo já concedeu à economia”, diz Santos.

    Publicidade

    Na terça-feira, começa a reunião de dois dias do Copom para definir o nível de juros de referência da economia brasileira (Selic) para os próximos 41 dias. É consenso no mercado que o colegiado vai derrubar pela sétima vez consecutiva a taxa de juros nominal do País. Segundo levantamento feito na semana passada pelo AE Projeções com 80 instituições, 67 esperam um corte de 0,50 ponto porcentual da atual Selic de 9% ao ano; 12 acreditam na manutenção do corte em 0,75 ponto e apenas uma casa aposta em 0,25 ponto porcentual.

    “Acho que o BC deve parar de cortar juros porque há todos os estímulos já concedidos e a inflação corrente, vista pela perspectiva dos núcleos (do IPCA), não dá mostras de acomodação”, observa Santos.

    Publicidade
    Continua após a publicidade

    No tocante à atividade, o economista do Besi recorre às medidas de Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) da indústria, que têm se mantido relativamente estáveis e próximas ao pico. Segundo dados da Sondagem Conjuntural da Indústria de Transformação divulgados nesta segunda-feira pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), o Nuci de maio ficou em 84%, ante 83,9% em abril, e atingiu o maior nível desde julho de 2011, quando o indicador era de 84,1%. “É um indicador muito forte para um País que, para alguns, passa por um forte processo de desindustrialização”, analisa Santos.

    Em relatório divulgado no fim de semana, assinado em parceria com seu colega Flávio Serrano, Santos chama a atenção para o fato de que “o que todos desejam saber é se os diretores do BC vão realmente levar em conta todos os incentivos já concedidos e também que já cortaram 3,5 pontos porcentuais da Selic (desde agosto de 2011) paradecidirem por um movimento mais brando do que o 0,75 ponto porcentual implementado nas duas últimas reuniões”.

    Publicidade

    “Nossa visão é de que reduzirão a Selic em 0,50 ponto porcentual”, escreveram os dois economistas, ponderando, no entanto, que não consideram esta a decisão mais correta, dado que tanto as condições atuais quanto as expectativas de mercado sobre o ambiente inflacionário continuam não apontando um quadro reconfortante e a atividade econômica está longe de ser catastrófica.

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 2,00/semana*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 39,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.