No âmbito interno, ações macroprudencias e, principalmente, ações convencionais de política monetária recentemente implementadas ainda terão seus efeitos incorporados à dinâmica dos preços, processo que tende a se acentuar neste semestre
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O cenário prospectivo para a inflação mostra sinais mais favoráveis. Essa é a avaliação dos integrantes do Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central (BC), manifestada nesta quinta-feira na ata da última reunião que elevou, por unanimidade, a taxa Selic (juro básico da economia) de 12,25% para 12,50% ao ano, sem viés. No documento, o Copom chama atenção para um quadro global de maior incerteza.
A ata inclui a palavra “crescente” para qualificar o quadro atual, numa sinalização de maior gravidade das incertezas. “Copom reconhece um ambiente econômico em que prevalece nível de incerteza crescente e acima do usual, e identifica riscos à concretização de um cenário em que a inflação convirja tempestivamente para o valor central da meta”, diz a ata.
“Embora incertezas elevadas e crescentes que cercam o cenário global e, em escala marcadamente menor, o cenário doméstico, não permitam identificar com clareza o grau de perenidade de pressões inflacionárias recentes, o Comitê avalia que o cenário prospectivo para a inflação mostra sinais mais favoráveis”, destaca a ata.
Para o Copom, desde a última reunião, no âmbito externo, as evidências apontam moderação adicional no processo de recuperação em que se encontram as economias do G3 (Europa, Estados Unidos e Japão). “Em outra perspectiva, ainda revelam influência ambígua sobre o comportamento da inflação doméstica”.
No âmbito interno, ações macroprudencias e, principalmente, ações convencionais de política monetária recentemente implementadas ainda terão seus efeitos incorporados à dinâmica dos preços, processo que tende a se acentuar neste semestre.
(Com Agência Estado)