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Copom inicia reunião e deve optar pela primeira alta da Selic em 2 anos

Expectativas desancoradas, câmbio, fragilidade fiscal e o forte crescimento da economia devem levar o BC a iniciar o ciclo de aperto monetário

Por Larissa Quintino Atualizado em 17 set 2024, 11h38 - Publicado em 17 set 2024, 08h44
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  • ESTÍMULO - Campos Neto: o Cadastro Positivo mostra que há espaço para mais crédito
    Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central (Aloisio Mauricio/Fotoarena/.)

    O Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) inicia nesta terça-feira, 17, a reunião que deve culminar no aumento da taxa básica de juros da economia, a Selic. Caso a expectativa se confirme, essa será a primeira elevação em mais de dois anos. Atualmente, a taxa está em 10,5% ao ano.

    Apesar da inflação recentemente ter cedido um pouco, conforme mostra a deflação registrada em agosto, o movimento não foi suficiente para convencer os agentes do mercado sobre a sustentabilidade desse movimento — e eles seguem calculando que a inflação permanecerá acima da meta a despeito dos esforços do BC. O Boletim Focus desta semana mostra expectativas desancoradas a curto e médio prazo, ou seja, acima do centro da meta de 3%, e por isso a aposta é para que haja um aumento nesta reunião. As apostas se dividem sobre o grau de ajuste, de 0,25 ou 0,5 ponto percentual.

    A essa desancoragem das expectativas somam-se a cotação do dólar acima de 5,50 reais, o crescimento forte da economia e um mercado de trabalho aquecido e com aumento de renda, além da persistente fragilidade fiscal do país.

    “O impacto desse ciclo de alta na economia deve começar a aparecer no primeiro semestre do ano que vem, com a atividade econômica desacelerando gradualmente, o que pode abrir espaço para futuros cortes de juros na segunda metade de 2025”, avalia o Itaú, em relatório.

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    Histórico

    A última vez que o Banco Central elevou os juros foi em agosto de 2022, quando passou por um reajuste de 0,25 ponto, chegando a 13,75% — já o IPCA estava em 8,73%. Na ocasião, a inflação estava pressionada com as altas das commodities, em especial o petróleo, afetado pelo impacto da guerra entre Rússia e Ucrânia e por medidas do governo de Jair Bolsonaro, que furou o teto de gastos com medidas pré-eleitorais, como ampliação do Auxílio Brasil (hoje Bolsa Família) e vouchers para taxistas e caminhoneiros. 

    Os juros permaneceram no patamar de 13,75% até agosto do ano passado, quando o Banco Central começou a flexibilizar a política monetária.

    O corte das taxas durou até a reunião passada, quando o comitê decidiu-se pela manutenção da Selic. Resta saber agora qual será o grau de ajuste dessa reunião. Amanhã, após as 18h, esse mistério será solucionado.

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