A decisão do governo em adiar, mais uma vez, o horário de verão causou preocupação às companhias aéreas. Segundo a Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA), a mudança, feita em prazo muito curto, terá consequências para passageiros que já compraram tíquetes, já que as companhias terão que reajustar os horários de voos e de conexões.
A IATA reclamou do fato de que mais de cinquenta companhias aéreas, nacionais e estrangeiras, tiveram o planejamento de rotas prejudicado. “Solicitamos ao Ministérios da Casa Civil, Transportes, Minas e Energia, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e a Secretaria de Aviação Civil (SAC) reconsiderar essa mudança e iniciar o horário de verão como originalmente previsto, em 4 de novembro”, afirmou Dany Oliveira, diretor geral da IATA Brasil, em nota.
Na quinta-feira 4 o presidente Michel Temer determinou que o horário de verão começará apenas em 18 de novembro, duas semanas após a data anteriormente prevista, 4 de novembro. No fim do ano passado, o Planalto já havia alterado a data original em razão do pedido do Superior Tribunal Eleitoral (TSE), por afetar as eleições.
A mudança veio após um pedido do Ministério da Educação. O dia 4 de novembro é o segundo dia de provas do Enem. Segundo o chefe da pasta, o ministro Rossieli Soares da Silva, a mudança no horário prejudicaria parte dos estudantes que farão a prova.
Com a mudança para o dia 18, o horário de verão entre este ano e 2019 terá 91 dias de duração, 35 a menos do que na temporada anterior. Todos os estados do Sul, Sudeste e Centro-Oeste adotam o horário de verão, que vai até 16 de fevereiro de 2019.