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China cresce 7,7% e desaponta

Desaceleração frustrou analistas que apostavam em consolidação da recuperação do país. Escritório de estatísticas atribuiu resultado ao "complicado e volátil entorno econômico dentro e fora da China"

Por Da Redação
15 abr 2013, 10h28

O crescimento da China foi de 7,7% em ritmo anual no primeiro trimestre de 2013, de acordo com o resultado divulgado pelo Escritório Nacional de Estatísticas (ONE). Apesar de o resultado ser 0,2 ponto percentual menor do que no período anterior, essa leve desaceleração gera questionamentos sobre a recuperação da segunda economia mundial. Segundo comunicado do ONE, a desaceleração se deve ao “complicado e volátil entorno econômico dentro e fora da China”.

O número ficou abaixo da expectativa média dos analistas, que projetavam um crescimento de 8%. Eles acreditavam em consolidação da recuperação registrada no quarto trimestre (7,9%), após sete períodos seguidos de desaceleração do Produto Interno Bruto (PIB). Em 2012, a China cresceu 7,8%, o menor resultado em 13 anos. Para 2013 o governo tem uma meta relativamente modesta, de 7,5%.

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“A recuperação tem sido lenta, em particular em alguns países que têm aplicado medidas de flexibilização monetária”, declarou o porta-voz do ONE, Sheng Laiyun. Para ele, estas medidas aumentaram a pressão sobre a valorização das moedas de países em desenvolvimento e tornam mais difíceis as exportações. Laiyun não citou quais seriam esses países, mas os bancos centrais do Japão e Estados Unidos começaram a aplicar medidas de flexibilização monetária para tentar dinamizar suas economias.

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Para Wendy Chen, economista da empresa Nomura Securities, com sede em Xangai, o resultado do trimestre é menor que o esperado pelo mercado e indica que a recuperação da economia real não tem bases sólidas e continua sendo frágil. A economista descarta que o Banco Central chinês reduza as taxas de juros para estimular a economia, já que a medida poderia agravar a inflação, uma das grandes preocupações do regime comunista. Mas acredita que o governo poderia adotar medidas para a política fiscal, “talvez mantendo a promoção dos investimentos em infraestruturas”, completou Chen.

No domingo, o primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, disse à Rádio Nacional da China que o país precisa se concentrar mais na qualidade da reestruturação e do crescimento econômico para manter um crescimento razoável no curto prazo. Apesar de não entrar muito em detalhes, ele afirmou que o país vai proporcionar um ambiente mais justo para empresas privadas, inclusive com possível afrouxamento dos controles de comércio exterior. Atualmente a China impõe rígidos controles ao comércio com outros países, mas algumas companhias já conquistaram maior autonomia.

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Outros dados, divulgados semana passada, já mostravam a situação mais frágil da economia chinesa. Em março, a balança comercial do país registrou déficit de 880 milhões de dólares, principalmente em consequência da redução da demanda nos Estados Unidos e União Europeia. A inflação também ficou abaixo das expectativas do mercado e demonstrou o pouco vigor do mercado interno.

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Os investimentos em bens de capital, dado que mede os gastos do governo em infraestruturas, cresceram 20,9% em ritmo anual no primeiro trimestre, o que significa uma desaceleração em março, pois no período janeiro-fevereiro o resultado foi 21,2%.

Repercussão – As principais bolsas de valores asiáticas fecharam em baixa nesta segunda-feira, refletindo o resultado do PIB chinês e o cenário de prudência com as tensões na península coreana. Tóquio fechou em queda de 1,55% e a de Hong Kong cedeu 1,43%.

(com Agence France-Presse)

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