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Brasil sobe em ranking de negócios do Banco Mundial

País passou do 130º lugar, no relatório passado, para a 116ª posição no ranking relativo a 2014

Por Da Redação
29 out 2013, 15h09
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  • Fazer negócios no Brasil para uma empresa de menor porte ficou um pouco mais fácil, mas o país ainda está longe dos melhores lugares do mundo para a vida de um empreendedor, mostra um ranking divulgado, em Washington, pelo Banco Mundial, sobre a facilidade de se fazer negócios em 189 países. O Brasil ficou na 116ª posição no ranking relativo a 2014. O país melhorou algumas colocações na comparação com o relatório passado, quando estava na posição 130º lugar, e com o de 2012, quando estava em 126º.

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    Começar um negócio no Brasil demora 107,5 dias, melhor que os 119 dias do levantamento anterior, mas ainda longe dos líderes da lista. Em Cingapura, país que ocupa a primeira posição no levantamento, são apenas dois dias e meio e nos EUA, o quarto lugar, são cinco dias. Em outros indicadores isolados, usados para fazer o ranking geral, o Brasil também ocupa posições ruins. Na facilidade para uma pequena empresa conseguir crédito, está no 109º lugar; em impostos, em 159º; na facilidade para registros de propriedades, em 107º. Conseguir permissão para construção no Brasil demora em média 400 dias, posição 130ª no ranking.

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    As cinco primeiras posições do ranking geral ficaram com Cingapura (pelo oitavo ano consecutivo), Hong Kong, Nova Zelândia, EUA e Dinamarca, todos nos mesmos lugares do levantamento do ano passado. O último lugar ficou com o Chade, pequeno país da África. Na América Latina, o país mais bem colocado é o Chile (34º lugar), seguido pelo Peru (42º). A Colômbia é citada no relatório como o mercado da região que mais fez reformas para incentivar os negócios das empresas menores desde 2005. Piores que o Brasil no ranking geral estão países como Gabão, Haiti, Líbia, Togo e a Argentina.

    O relatório conclui que houve progresso na melhoria da regulamentação pelo mundo com o objetivo de facilitar os negócios para as empresas de menor porte, sobretudo em países de alta renda da Europa, da Ásia central e da África. Em 114 países houve avanços na regulação para fazer negócios, uma expansão de 18% na comparação com o relatório anterior. Foram implementadas 238 reformas regulatórias mundo afora. “Foi o segundo maior volume de reformas desde a crise mundial”, diz uma das autoras do estudo, Rita Ramalho, em vídeo distribuído a jornalistas.

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    No Brasil, as empresas menores parecem não estar vendo a melhora regulatória. Segundo o levantamento, não houve reformas no ano passado no país até o período encerrado em junho deste ano. O documento cita alguns avanços recentes, como em 2010, quando o Brasil facilitou a abertura de uma empresa removendo a necessidade de obter uma licença do Corpo de Bombeiros antes de se obter a licença operacional da prefeitura. Ao mesmo tempo, a transferência de propriedade se tornou mais difícil com a introdução de um novo certificado comprovando débitos de trabalho, aumentando o número de procedimentos de due diligence (análise financeira de números da empresa).

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    Na América Latina, além da Colômbia, do Panamá, da Guatemala, Jamaica e do México são citados como exemplos de países onde a regulação avançou. Entre os países que formam a sigla Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) apenas a Rússia apresentou avanços. Em um comunicado, o presidente do Banco Mundial, Jim Yong Kim, afirma que “um melhor clima de negócios, que possibilite a empresários construir suas operações e reinvestir em suas comunidades é fundamental para o crescimento econômico local e global”.

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    Metodologia – Esta é a décima primeira edição do estudo, chamado “Doing Business 2014: entendendo a regulamentação para pequenas e médias empresas”. O levantamento é feito desde 2003 e avalia fatores como facilidade em abrir (e fechar) uma empresa e até como conseguir energia elétrica para a nova companhia e obter alvará de construção e crédito.

    A classificação é baseada em onze indicadores e cobre 189 economias. O item que o Brasil tem uma das melhores notas é a facilidade em obtenção de energia, ocupando a posição número catorze, a melhor da América Latina. Fatores macroeconômicos e outros pontos, como nível de solidez do sistema financeiro, não são levados em conta. O levantamento é feito anualmente pelo Banco Mundial e pela IFC (International Finance Corporation, o braço financeiro do Banco Mundial).

    (com Estadão Conteúdo)

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