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Brasil segue na liderança no ranking dos juros reais

No ranking dos juros nominais, com a Selic em 13,75%, país perde apenas para a Argentina

Por Larissa Quintino Atualizado em 23 mar 2023, 16h02 - Publicado em 23 mar 2023, 09h26
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  • O Banco Central decidiu manter a taxa básica de juros, a Selic, no patamar atual, de 13,75%, mesmo com o aumento da pressão de setores econômicos e do governo federal para a diminuição da taxa. Apesar dos sinais de desaceleração econômica domésticos e globais, as projeções de inflação seguem acelerando. Com a manutenção da trajetória contracionista por parte da autoridade monetária, o Brasil segue na ponta do ranking de juros reais, tendo o maior índice entre quarenta economias.

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    Segundo o levantamento elaborado pela Infinity Asset e pelo portal MoneYou, o Brasil tem juros reais  —  taxa “a mercado”, descontada a inflação para os próximos doze meses — de 6,74%, um pouco abaixo da taxa medida na reunião de fevereiro, de 7,38%. Apesar da redução, o Brasil está 0,79 ponto porcentual à frente dos juros reais do México, segundo colocado no ranking. Completam o top 5 Chile (4,92%), Filipinas (2,62%) e Indonésia (2,45%). Os Estados Unidos ocupam a 12ª posição, com juros reais em 0,36%. Teoricamente, juros reais mais altos poderiam atrair o investidor estrangeiro. já que o investimento rende mais. Porém o real desvalorizado, a instabilidade em relação aos marcos fiscais e o aperto das condições monetárias internacionais têm diminuído o ímpeto do investidor. 

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    No ranking de juros nominais, o Brasil é o segundo colocado, com a Selic em 13,75%, enquanto a Argentina lidera, com taxa de 78% – o país tem taxa de inflação atual de 100%. As projeções do mercado para a inflação brasileira para este ano é de 5,95%, segundo o último boletim Focus. Os juros altos são uma ferramenta da autoridade monetária para desacelerar a economia e assim diminuir os preços, porém também têm efeito na desaceleração das atividades porque tornam o crédito mais caro tanto para empresas quanto para famílias. 

    Com a nova decisão de política monetária do Brasil, o governo Lula voltou a subir o tom contra o Banco Central. O ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou que há “insensibilidade” da parte da autoridade monetária. Eloquente nas críticas, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann chamou a atenção do presidente do BC, Roberto Campos Neto, após a decisão: “Você não entendeu seu compromisso com o Brasil? Seus juros só beneficiam rentismo e quem não produz. Sua política monetária já foi derrotada”, disse nas redes sociais. Já o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, classificou como “preocupante” o relatório do Copom. O comitê foi direto em dizer que deve manter a taxa nos patamares atuais para conduzir a inflação dentro da meta e sinalizou até mesmo para uma elevação dos juros, ao afirmar que “não hesitará em retomar o ciclo de ajuste caso o processo de desinflação não transcorra como esperado”. 

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