Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Brasil dá sinais de recuperação mais rápido que outros emergentes

Em apresentação a investidores estrangeiros, Banco Central prega cautela, mas mostra que indicadores econômicos confirmam volta gradual da economia

Por Larissa Quintino Atualizado em 18 mar 2021, 23h11 - Publicado em 20 ago 2020, 15h58
  • Seguir materia Seguindo materia
  • A pandemia do novo coronavírus causou sérios danos nas economias mundiais mais consolidadas, e os impactos nos países emergentes como o Brasil também foi enorme. Porém, as medidas emergenciais tomadas pelo Ministério da Economia e pelo Banco Central, com medidas de transferência de renda, impulso ao crédito a empresas e aumento de liquidez no sistema financeiro posicionaram o Brasil numa situação melhor em relação aos outros emergentes. Em uma apresentação para investidores do Bank Of America realizada na última quarta-feira, o presidente do BC, Roberto Campos Neto voltou a afirmar que o cenário para o Brasil segue desafiador. Mas os números apresentados mostram que, pelo menos inicialmente, o colchão feito por aqui foi eficiente. 

    Publicidade
    Crescimento da Indústria
    Crescimento da Indústria (Banco Central/Reprodução)

    Na apresentação, o BC compilou uma série de dados com o raio-x das economias mundiais. No caso da indústria, o índice de Gerentes de Compras (PMI) da indústria brasileira alcançou em julho o maior nível desde o início da pesquisa realizada pela IHS Markit, provedora inglesa de informações globais. O indicador brasileiro de julho foi de 58,2%, ante 51,6% no mês anterior.  Nesse indicador, quando o número está acima de 50%, o setor está passando por crescimento em vez de retração. Comparando o Brasil a outros emergentes como México, índia, África do Sul, Rússia e Colômbia, a indústria brasileira foi a que melhor performou no período. 

    Publicidade

    Na ótica do PIB, a projeção da recessão brasileira, na casa de 5,6% segundo perspectivas do mercado financeiro deve ser um dos menores tombos dos emergentes, perdendo apenas para a Índia e, estendendo aos Brics, para a China, que deve terminar o ano com crescimento econômico. Em 2021, a economia brasileira deve crescer em linha com os outros emergentes. 

    Projeções para o PIB em 2020 e 2021 de países emergentes
    Projeções para o PIB em 2020 e 2021 de países emergentes (Banco Central/Reprodução)

    As projeções, baseadas em dados da economia do Brasil bem como da mundial, segundo o BC, mostram que o cenário ainda é de cautela, mas que as medidas tomadas no início da pandemia se mostraram eficientes, e a trajetória é de recuperação mais sólida a partir do terceiro trimestre.

    ASSINE VEJA

    Na edição da semana: os riscos da estratégia de gastar muito para impulsionar a economia. E mais: pesquisa exclusiva revela que o brasileiro é, sim, racista
    A encruzilhada econômica de Bolsonaro Na edição da semana: os riscos da estratégia de gastar muito para impulsionar a economia. E mais: pesquisa exclusiva revela que o brasileiro é, sim, racista ()
    Clique e Assine

     Para quem acreditava em um tombo catastrófico e sem possibilidade de recuperação, pode-se dizer que a economia brasileira surpreendeu na resiliência, mas não é suficiente para abandonar a agenda reformista e abrir os cofres. O mau exemplo dado pelo Senado Federal na última quarta-feira, derrubando o veto dos servidores vai na direção contrária dos ajustes trabalhados pela Economia e projetados pelo BC para um crescimento gradual a partir deste semestre e no ano que vem.  A resiliência não abre margem para a gastança e é preciso de compromisso para a recuperação projetada.

    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 2,00/semana*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 39,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.