O principal índice da bolsa de valores de São Paulo encerrou o pregão com alta de 0,43%, a 76.989 pontos, registrando um novo recorde. Na semana, o Ibovespa acumulou ganho de 1,23%. A pressão feita pela agência de classificação de risco S&P para que o Brasil acelere a aprovação da reforma da Previdência, o ambiente tranquilo no noticiário político e dados positivos da balança comercial chinesa fizeram com o principal índice da bolsa de valores de São Paulo operasse em alta durante o dia.
Na última quinta-feira, um executivo da S&P Global Ratings, Joydeep Mukherji, disse em teleconferência que a nota soberana do Brasil pode ser rebaixada se a reforma da Previdência não for aprovada em tempo hábil de “dar algum respiro” ao próximo governo. A declaração foi recebida por investidores como um novo impulso para a tramitação do projeto no Congresso.
A Vale e as empresas siderúrgicas foram as que mais contribuíram para o avanço do Ibovespa. A mineradora contou com a ajuda de dados de setembro da balança comercial chinesa, com aumento de 8,1% nas exportações e de 18,7% nas importações, na comparação com igual mês do ano passado. Com isso, os papéis da Vale fecharam em alta de 5,82% (ações ordinárias), a 32,91 reais, e de 6,22% (preferenciais), a 30,39 reais. Sem o mesmo impulso, as ações da Petrobras encerraram com queda de 0,36% (ordinárias), a 16,08 reais, e estabilidade (preferenciais), a 16,51 reais.
Apesar do feriado prolongado, os negócios no mercado de ações alcançaram volume expressivo, de 9,96 bilhões de reais. Parte do giro é explicado pela participação dos estrangeiros, que operaram em dia útil normal. Também contribuiu a proximidade do vencimento de opções sobre ações. Como hoje foi o último dia útil antes da data, muitos buscaram zerar suas posições.
(Com Estadão Conteúdo)