Em anúncio realizado no Rio de Janeiro nesta quarta-feira, 14, o BNDES comunicou lucro de 1,6 bilhão de reais no terceiro trimestre de 2018. No ano, o órgão acumula lucro de 6,3 bilhões de reais – número já superior a todo o resultado de 2017, quando o banco lucrou 6,1 bilhão de reais.
O dado trimestral, porém, é inferior ao registrado no terceiro trimestre do último ano, de 1,8 bilhão de reais. Segundo o banco, as maiores despesas na captação em moeda estrangeira corroeram a lucratividade entre julho e setembro deste ano.
Diretor de fomento do BNDES, Ricardo Ramos comemorou o resultado e a evolução de alguns indicadores. “Fizemos o resultado de um ano em nove meses. Isso tem relação com nossos societários, a carteira de crédito segue com boa qualidade, superior ao sistema nacional. Além disso, pela primeira vez desde 2012 as consultas aumentaram nos primeiros nove meses, o que já reflete uma retomada da economia, ainda que lenta e gradual”, disse durante coletiva de imprensa.
“Outro destaque importante é a mudança do foco de atuação no banco, o nosso desembolso até outubro esteve 77% relacionados a MPME [micro, pequenas e médias empresas] e infraestrutura”, complementou o diretor.
Em comparativo dos primeiros nove meses do ano (janeiro a setembro), o BNDES teve um desempenho 98,7% melhor do que o de 2017. Parte da explicação passa pelas participações societárias do banco, que acumulam lucro de 5,7 bilhões de reais no ano até aqui, com venda de ações e receita com dividendos das empresas nas quais o banco é sócio.
O banco alcançou um balanço positivo a despeito do rombo provocado pelas dívidas não pagas pelos governos de Venezuela, Moçambique e Cuba – que alcançou a 459,2 milhões de dólares, ou 1,8 bilhão de reais no câmbio atual.