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BNDES já ‘perdeu’ R$ 359 milhões com empresas de Eike

Investimento do banco de fomento, convertido em ações da MPX e CCX, passou de 880 milhões de reais para 521 milhões de reais

Por Da Redação
21 jun 2013, 12h56
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  • Um investimento de 600 milhões de reais feito pelo Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Sustentável (BNDES), em março de 2011, em títulos de dívida da MPX Energia, do empresário Eike Batista – que, convertido em ações da MPX e da CCX, chegou a bater 880 milhões de reais em maio do ano passado – equivale hoje a 521 milhões de reais. O bilionário vem assistindo à perda de valor de suas empresas há cerca de um ano.

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    A redução de 359 milhões de reais no valor do investimento em um ano foi provocada pela queda no valor de mercado das companhias. Na sessão de quinta-feira, a CCX, mineradora de carvão na Colômbia caiu 37,50%, com a cotação do papel fechando a 0,80 reais.

    Não é possível dizer que o BNDES já perdeu esse montante com a operação porque o banco ainda não vendeu suas participações na MPX e na CCX. O BNDES tornou-se sócio das duas empresas de Eike após converter as debêntures da operação (títulos de dívida) de 2011 em ações.

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    O BNDES já era acionista minoritário da MPX e ficou com 11,7% da companhia após a conversão. Agora tem 10,34%. Quando a CCX foi separada da MPX – para a entrada da alemã E.ON no capital da MPX -, todos seus acionistas ganharam a mesma participação na CCX.

    Assim, o BNDES também ficou com 11,7% da CCX. Essa participação valia 169,4 milhões de reais em 25 de maio de 2012, segundo dados da consultoria Economatica, em valores ajustados. Na quinta-feira, esta participação encerrou o pregão na Bolsa valendo apenas 15,9 milhões de reais.

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    Já a fatia na MPX vale bem mais. Em maio de 2012, era de 709,6 milhões de reais. Na quinta, encerrou o pregão com valor de 504,8 milhões de reais. Segundo analistas, porém, a MPX e a CCX são investimentos com potencial muito diferente. “A MPX é um ótimo projeto, apesar da crise com as empresas de Eike”, diz Alexandre Montes, analista do setor elétrico da consultoria Lopes Filho. Segundo o analista, a CCX é um projeto muito mais incerto.

    A avaliação no BNDES, segundo fontes, é que a MPX é a empresa mais saudável do grupo EBX. O presidente do BNDES, Luciano Coutinho, já declarou publicamente estar “tranquilo” em relação ao grupo de Eike.

    A análise dos balanços das empresas de Eike mostra endividamento total de cerca de 4,5 bilhões de reais com o BNDES. Segundo o banco, 17 operações de crédito com diversas empresas de Eike foram contratadas desde 2006, somando 9,1 bilhões de reais. As contratações não indicam a exposição, pois parte desses financiamentos já pode ter sido paga. A reportagem não conseguiu um posicionamento do BNDES sobre o tema.

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    (com Estadão Conteúdo)

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