Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

BCE oferece seu primeiro empréstimo de longo prazo para capitalizar bancos

O Banco Central Europeu (BCE), preocupado com os problemas de liquidez das entidades bancárias da Eurozona, lançará na quarta-feira sua primeira operação de empréstimos a três anos para colaborar com o refinanciamento dos Estados. Segundo especialistas, esta foi a maneira que a instituição encontrou para atuar de maneira mais incisiva ante a crise sem sair […]

Por Por Ouerdya Ait-Abdelmalek
20 dez 2011, 13h48
  • Seguir materia Seguindo materia
  • O Banco Central Europeu (BCE), preocupado com os problemas de liquidez das entidades bancárias da Eurozona, lançará na quarta-feira sua primeira operação de empréstimos a três anos para colaborar com o refinanciamento dos Estados.

    Publicidade

    Segundo especialistas, esta foi a maneira que a instituição encontrou para atuar de maneira mais incisiva ante a crise sem sair de seus princípios regulatórios, que implicam basicamente em conter a inflação no médio prazo.

    Publicidade

    Até o momento, o BCE concedia apenas empréstimos com o prazo máximo de 13 meses. Já esses empréstimos, além de serem de longo prazo, não terão limites de valor e possuirão uma taxa de 1%, possibilitando os bancos de ampliarem suas concessões de crédito às empresas e pessoas para sustentar o crescimento.

    “Esse anúncio ampliou as esperanças de que a ajuda às economias em maior dificuldade da região aumentará”, afirmou Ben May, da Capital Economics.

    Publicidade

    Na França, o Palácio do Eliseu, sede da presidência, afirmou em um comunicado que, com o empréstimo, “cada Estado poderá socorrer seus bancos”.

    Para os bancos, endividar-se a 1% e investir esse dinheiro por exemplo em títulos com rendimentos de até 7% – como é o caso das obrigações a dez anos italianas – pode ser uma operação muito rentável, disseram Simon Samuels e Mike Harrison, analistas do Barclays Capital.

    Publicidade
    Continua após a publicidade

    Contudo, o presidente do BCE, Mario Draghi, afirma que comprar dívida dos Estados pode ser rentável, mas também traz riscos. “A Grécia, por exemplo, declarou a cessação parcial do pagamento de sua dívida”, disse.

    Para Draghi, as entidades devem tranquilizar os mercados com relação ao estado de suas finanças e aumentar seus fundos próprios para enfrentar a crise, levando em conta que possuem vencimentos muito importantes em 2012.

    Publicidade

    Apenas no primeiro trimestre de 2012 haverá vencimento de 230 bilhões de euros em obrigações bancárias.

    “No momento, a principal preocupação da maioria dos bancos nas economias com dificuldades da região é encontrar dinheiro suficiente para pagar seus vencimentos e convencer que sua exposição à dívida soberana não é uma grande ameaça para sua solvência”, disse Ben May.

    Publicidade

    Segundo analistas, os bancos devem endividar-se entre 100 e 400 bilhões de euros. Em junho de 2009, na primeira operação a um ano do BCE, a entidade concedeu 442,240 bilhões de euros.

    Continua após a publicidade

    Para os economistas, esta operação não é a solução para resolver a crise da dívida e o BCE deverá, no curto ou médio prazo, aumentar suas compras de obrigações públicas no mercado secundário para ajudar os Estados que precisarem.

    De acordo com o BCE, no entanto, não é possível esperar da instituição a mesma postura que a do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) e o Banco da Inglaterra, que compram de forma ilimitada bônus do Tesouro de seus países, que por sua vez continuam colocando obrigações a um baixo custo, mesmo diante de uma economia em dificuldades.

    “O mandato do Fed é garantir a estabilidade dos preços, mas também é estimular o crescimento e o emprego. Nossa função é mais restrita e implica em garantir a estabilidade dos preços no médio prazo”, disse Draghi na segunda-feira ante a Comissão de Assuntos Econômicos e Monetários do Parlamento Europeu.

    Para Gilles Moec, economista do Deutsche Bank, o Tratado também diz que o BCE pode contribuir com as metas da política econômica caso isso não prejudique a estabilidade dos preços. “Por isso ele poderia fazer mais para sustentar o crescimento”, afirmou.

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 2,00/semana*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 39,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.