O Banco Central Europeu (BCE) anunciou seu mais agressivo plano para lidar com a crise de débito na Europa, prometendo comprar títulos de curto prazo do governo da região para manter os custos dos empréstimos baixos, especialmente na Espanha, Itália e outros países em dificuldade.
Segundo o presidente do BCE, Mario Draghi, ele servirá como uma “barreira completamente efetiva”. Ele afirmou que o novo programa de compra de títulos, que visará o mercado secundário, irá “proteger a transmissão da política monetária em todos os países da zona do euro”.
O Conselho de Administração do BCE definiu uma “modalidade de transações monetárias diretas”, segundo Draghi em entrevista coletiva, após a reunião mensal de formulação de políticas em Frankfurt.
Leia mais:
BCE mantém taxa de juros a 0,75%
OCDE: BCE deve atuar para afastar ameaça de ‘explosão do euro’
Alemanha não quer dar mais poderes para BCE
A ideia é que o programa irá evitar distorções no mercado de títulos e temores “infundados” de investidores sobre a irreversibilidade do euro. O esquema, o qual o Bundesbank, banco central alemão, se opõe publicamente, será uma “barreira completamente efetiva para evitar cenários potencialmente destrutivos”, disse ele.
A chanceler alemã, Angela Merkel, disse nesta quinta-feira que o BCE atuou dentro dos limites de sua independência e de seu mandato, ao se referir ao novo plano de compras nos mercados da dívida de países em dificuldades. “O BCE é o responsável pela estabilidade, pelo valor da moeda e é quem toma as medidas cabíveis”, disse Merkel em Madri, durante uma coletiva de imprensa com seu homólogo espanhol, Mariano Rajoy.
(Com agências Reuters e France-Presse)