Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

BC reduz multas de bancos, mas eleva condenações de executivos

Em vez de cobrar valores considerados baixos de bancos, o órgão acelerou as punições aos dirigentes - de 2007 a 2009, foram 508 pessoas inabilitadas

Por Da Redação
10 fev 2013, 10h10
  • Seguir materia Seguindo materia
  • O Banco Central reduziu drasticamente o volume de multas aplicadas ao sistema financeiro nos últimos três anos. Durante toda a década passada, essas punições somavam centenas de milhões de reais por ano. Em 2009, por exemplo, o valor foi de 318 milhões de reais. Desde então, vêm caindo por causa de mudanças na forma de atuação da equipe de fiscais do BC. As multas aplicadas nos últimos três anos somaram apenas 80,2 milhões de reais.

    Publicidade

    Cercada de sigilo, a área de fiscalização não dá detalhes da atuação. Também não atendeu aos pedidos de entrevista. Os documentos oficiais do BC, como o Relatório de Gestão de 2011, oferecem algumas pistas para explicar a queda nas multas.

    Publicidade

    “Substituiu-se, em 2010, a aplicação de multa pecuniária automática pela responsabilização da alta administração das instituições, nas ocorrências de falhas nos fluxos de informações. Essa responsabilização atinge tanto a instituição financeira, quanto a pessoa física de seus administradores”, assinala o relatório. “Em 2011 foram convocados 16 conglomerados, que respondem por 124 empresas, e mais 16 empresas independentes.”

    Em vez de cobrar valores considerados baixos de bancos, o BC acelerou as punições às pessoas que cometem os erros nessas instituições. De 2007 a 2009, foram 508 dirigentes inabilitados. Em 2010, 2011 e 2012, 893. O BC não divulga os nomes ou os motivos das punições.

    Publicidade

    Esse nível de transparência, no entanto, recebe críticas dos especialistas em defesa do consumidor. Bancos privados ocupam os primeiros lugares nos rankings de reclamações aos Procons e, segundo especialistas, por cometer sempre as mesmas violações do Código de Defesa do Consumidor.

    Continua após a publicidade

    Uma exigência ignorada pelas instituições financeiras é não informar o Custo Efetivo Total (CET) – que engloba as taxas e juros cobradas pelos bancos em empréstimos e outras operações de financiamento. Outra que também ocupa boa parte do tempo dos consumidores que vão aos Procons são as cobranças indevidas. O código permite ao consumidor receber em dobro nesses casos, mas não há registro de que essa regra seja cumprida pelos bancos.

    Publicidade

    Leia também:

    O Banco Central e o extraordinário mundo das fraudes

    Publicidade

    (Com Estadão Conteúdo)

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 2,00/semana*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 39,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.