Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

BC e Fazenda vão se reunir com a AGU para discutir julgamento de planos econômicos

Encontro tenta acertar a estratégia da União para a votação no Supremo Tribunal Federal, que está marcada para a quarta-feira, 28

Por Talita Fernandes, de Brasília
23 Maio 2014, 13h34
  • Seguir materia Seguindo materia
  • A Advocacia Geral da União (AGU) vai se reunir na tarde desta sexta-feira com o Banco Central e o Ministério da Fazenda para discutir quais serão as estratégias adotadas pela União para o julgamento dos planos econômicos, marcado para a quarta-feira, 28. Depois de pelo menos três adiamentos, o Supremo Tribunal Federal (STF) confirmou, na pauta da próxima semana, que o assunto volta ao plenário.

    Publicidade

    O encontro, embora não conste na agenda oficial das autoridades, foi confirmado ao site de VEJA. Devem participar da reunião o advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, o procurador-geral do BC, Isaac Sidney Ferreira, e o secretário-executivo da Fazenda, Paulo Rogério Caffarelli. A cúpula jurídica e econômica deve apostar no adiamento da análise do caso, como vem tentando fazer desde que o assunto foi colocado em pauta pela primeira vez pelo Supremo, em novembro de 2013.

    Publicidade

    Leia mais:

    STJ decide a favor de poupadores em julgamento sobre planos econômicos

    Publicidade

    STJ derruba ações de bancos na Bolsa de Valore

    Continua após a publicidade

    Em fevereiro, uma petição foi enviada por representantes da União ao relator da principal ação do caso (ADPF n° 165), o ministro Ricardo Lewandowski, pedindo o adiamento e a realização de uma audiência pública sobre o assunto. Assinada por Ferreira e Adams, a petição usava como argumento a enorme divergência entre os números que tentam estimar o impacto do julgamento.

    Publicidade

    Enquanto a União e a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) apontam para perdas entre 23 bilhões e 340 bilhões de reais aos bancos, caso o STF decida em favor dos poupadores, o Instituto de Defesa do Consumidor (Idec) acredita em um prejuízo muito menor, de cerca de 8 bilhões de reais. A estimativa é que metade da perda saia dos cofres do Banco do Brasil e da Caixa.

    Discussão – O Supremo vai analisar a constitucionalidade dos planos econômicos criados nas décadas de 1980 e 1990 numa tentativa de estabilizar a economia em tempos de hiperinflação. Os poupadores, representados pelo Idec, brigam na Justiça por taxas de correção da poupança maiores do que as que foram aplicados à época. Eles entendem que os planos mudaram as regras de correção da caderneta de poupança, provocando perdas àqueles que tinham suas economias aplicadas.

    Publicidade

    Leia ainda: S&P estima que bancos podem perder R$ 12 bi com planos econômicos

    Decisão do STF impactará economia em R$ 1 trilhão, diz BC

    Publicidade

    Na última quarta-feira, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) julgou a incidência de juros de mora (aplicadas em caso de atraso no pagamento) sobre as correções dos planos econômicos e decidiu em favor dos poupadores. O resultado do julgamento provocou perdas nas ações dos principais bancos na Bolsa brasileira. Como resposta, a Febraban disse que recorrerá da decisão. A reunião desta sexta também deve abordar esse tema.

    Se o STF decidir que os poupadores têm de ser indenizados, a decisão do STJ pode balizar o valor a ser recebido pelos poupadores, pois o julgamento da última quarta-feira entendeu que os juros de mora devem incidir a partir da citação em ação civil pública.

    O STF analisa se os poupadores têm direito a ressarcimento com perdas que alegam ter sofrido com os planos econômicos Cruzado, Bresser, Verão, Collor I e Collor II.

    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 2,00/semana*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 39,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.